A maior oferta de pescado para a
Semana Santa promete equilibrar os preços no mercado, nesse período de grande
procura pelo produto. É o que garante a Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Agropecuário e da Pesca (Sedap). Nesta quarta e quinta-feira 29, em uma ação da
secretaria, 68 municípios paraenses vão comercializar 440 toneladas de peixes a
preços mais acessíveis à população.
Só na área da Região
Metropolitana de Belém (RMB) serão ofertadas 170 toneladas em sete pontos de
venda: Fundação Cultural do Pará (FCP) em Batista Campos; Universidade Federal
do Pará (UFPA), no Guamá; Universidade do Estado do Pará (Uepa), no Marco;
Aldeia Amazônica, na Pedreira; Associação Rural da Pecuária do Pará, no
Entroncamento, além do ginásio Almir Gabriel (Abacatão), na Cidade Nova, em
Ananindeua e Praça Matriz de Marituba. Outras 270 toneladas serão distribuídas
para a comercialização em mais 65 municípios do Estado.
Este ano, o Conselho Estadual de
Pesca e Aquicultura (Coepaq) decidiu pedir a suspensão do decreto que há 23
anos proibia a saída do pescado para outras regiões do país. O objetivo é
garantir o abastecimento interno para a Semana Santa. “A decisão do Coepaq foi
baseada na observação dos próprios agentes da cadeia do pescado, de que a cada
ano, era maior o número de barcos que buscavam outros portos, como em Amapá e
Maranhão, para escoar a produção, o que poderia provocar a escassez no mercado
paraense e o aumento do preço”, justifica o secretário adjunto da Sedap e
presidente do Coepaq, Afif Jawabri.
Outro fator que influenciou a
decisão do conselho foi a mudança na dinâmica do mercado. A partir disso, houve
uma diversificação na oferta de produtos, até mesmo pela flexibilidade da
Igreja, que passou a permitir aos católicos, o consumo de outros tipos de
carnes brancas, como a do frango, por exemplo, na Sexta-Feira Santa.
“A suspensão do decreto é um
teste, mas já se observa o aumento de barcos pesqueiros no porto de Belém e
acreditamos que não vai faltar peixe”, constatou Jawabri.
Os preços nas feiras do pescado
estarão até 20% mais baratos e variam de R$ 5 o quilo (xaréu e sardinha) até R$
48 o quilo do filé de salmão. Além de uma grande variedade de peixes, serão
ofertados ainda pata e massa de caranguejo e camarão rosa. As feiras vão
funcionar de 7h às 14h da quarta-feira (28) e quinta-feira (29) para
disponibilizar ao consumidor produtos de qualidade e em quantidade suficiente
para a Semana Santa.
A proposta do Coepaq é que as
feiras de pescado continuem este ano, uma vez por mês, afim de beneficiar não
só o consumidor, mas também garantir mercado aos pescadores artesanais,
revendedores e a indústria de pesca.