Professora da UFPA fala sobre a trajetória do cinema brasileiro


Nesta terça-feira, 19, é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro, data em que o italiano Afonso Segreto gravou as primeiras imagens em movimento no Brasil.  Para lembrar essa data comemorativa, a professora Angela Gomes e alunos da Faculdade de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Pará (UFPA) comentam sobre a Sétima Arte que encanta pessoas.

O cinema brasileiro passou por processos onde políticas a respeito de seu apoio e desenvolvimento no País foram interrompidas e retomadas, e somente a partir da década de 90 foram sistematizadas políticas voltadas para o seu desenvolvimento, visando o início de um novo contexto: criar um mercado de cinema mais sustentável.

“O cinema brasileiro tem uma questão de sobrevivência muito forte. Historicamente vivemos por épocas onde as produções poderiam ter acabado. Porém o cinema brasileiro tem a capacidade de se renovar. Está sempre se renovando e trazendo novos ares”, comenta a estudante de Cinema Ana Júlia Lima.

Angela Gomes informa que o cinema Brasileiro vive uma nova fase: “A partir de 2000, organizações foram criadas para fixar e melhorar produções audiovisuais no país. Estamos vivendo em uma época boa onde há recursos para mais produção, não somente para os cinemas, mas também para a televisão e internet onde produtores independentes possuem mais espaço para exibir os seus projetos”, comenta.

Resistência e Diversidade - De acordo com Edgar Barra, Ana Júlia e Juliana Barros, estudantes de Cinema e Audiovisual da UFPA, resistência e diversidade são as palavras que definem o cinema brasileiro.

“O país é muito grande. O que cada região produz é bem diferente. As produções brasileiras são muito diversificadas. São comédias, dramas, e diversas produções que retratam a multiplicidade do país. Onde cada região tem seu traço visível seja no sotaque, na vestimenta, ou até mesmo nas cores das cidades”, declara Juliana Barros. “São Paulo e Rio de Janeiro não são as únicas cidades que produzem filmes. Existem muitas produções independentes em todas regiões, e todas elas trazem as características e pluralidade do Brasil”, complementa Ana Júlia Lima.

Eu na tela - Para os estudantes, o que se torna inspirador para o público consumidor de produções nacionais é o fato de “se ver na tela”. Quando o público se enxerga na tela do cinema, a experiência se torna mais real, e ressaltam que produzir filmes regionais, que exibam a realidade do ser paraense, é essencial.

“Tem um gênero e movimento do cinema brasileiro que é inspirador. É chamado de cinema novo, onde é dada ênfase na igualdade social e intelectualismo e traz o lema: ‘Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça’. Consiste no fato de realizar filmes dentro da nossa realidade. As produções regionais trazem muito essa proximidade. Não vemos o protagonista em Manhattan, a gente vê a nossa realidade e se identifica com o filme” destaca Edgar Barra. 

 Mostra-Curta-UFPA -  Mostra-Curta-UFPA, um espaço livre de exibição de obras audiovisuais, tem como objetivo exibir filmes produzidos por alunos da UFPA. Ela será realizada no dia 29 de junho (sexta-feira), a partir das 16h, no Cine Olympia.  Será um momento especial de homenagem a João de Jesus Paes Loureiro, professor de Estética, História da Arte e Cultura Amazônica do Instituto de Ciências da Arte.

Serviço - MOSTRA-CURTA-UFPA

Data: 29 de junho de 2018 - sexta-feira
Hora: 16 horas
Local: Cine Olympia
Endereço: Avenida Presidente Vargas, 918, Campina – Belém - Pará

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