Belém está em 3º lugar entre as capitais que mais cresceram no Ideb




O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2017, divulgado nesta segunda-feira, 3, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apontou que Belém está em 3º lugar entre as capitais que mais melhoraram a educação básica nos últimos anos, registrando um crescimento de 0.5, enquanto Teresina (PI) e Rio Branco (AC) ficaram em primeiro lugar, crescendo 0.7, e os municípios de Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Maceió (AL), ficaram em segundo, com 0.6.

Em 2017, a nota do Ideb para os anos iniciais da educação básica, que correspondem do 1º ao 5º ano, foi 5.0, atingindo a meta prevista para 2019, e nos anos finais, que vão do 6º ao 9º ano, registrou 4.3.

O bom resultado obtido por Belém é fruto do empenho da Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), que tem a educação do município como prioridade de governo. Entre os incentivos ao desenvolvimento da educação básica estão a garantia de ônibus escolares e bicicletas para os alunos, o benefício do Credlivro para os professores, a criação do Centro de Formação de Professores do Município, reformas, ampliações e abertura de novas escolas.

“Este resultado é a culminância do trabalho dedicado à melhora do ensino da rede pública de Belém”, enfatizou a titular da Semec, Socorro Aquino, que afirmou, ainda, que o crescimento que o município atingiu em 2017 era esperado para o Ideb de 2019. “Este resultado significa que o nosso aluno da rede municipal está tendo o direito à educação assegurado. Com isso, o resultado é que ele cresça, tenha oportunidade de trabalho futuramente e melhore a qualidade de vida”.

As escolas municipais que registraram o maior Ideb foram a Sílvio Leandro, no Coqueiro; a Ernestina Rodrigues, em São Brás; a Theodor Badotti e a Professor Paulo Freire, no Tenoné; a Amância Pantoja, no Guamá; e a Sílvio Nascimento, na Condor.

A Semec trabalha com sistema de avaliação que não é de notas e sim de descritores de aprendizagem, ou seja, avaliação de desempenho do estudante, com o qual é possível obter diagnósticos mais precisos do nível de conhecimento dos alunos e identificar fragilidades.

Parâmetros - Em 2015 a nota do Ideb para os anos iniciais (1º ao 5º ano) foi de foi 4.6, e nos anos finais (6º ao 9º ano) de 4.0. Em 2017, nos anos iniciais foi de 5.0, atingindo a meta prevista para 2019, e dos anos finais foi de 4.3. “Este ainda é o desafio do município, aumentar este resultado, que mesmo assim, já cresceu em relação a 2015”, disse Socorro Aquino.

Para a diretora de ensino da Semec, Dorvalina Bastos, a nora do Ideb é tão boa para o aluno quanto para a capital. “Todo aluno da escola pública tem direito à educação, mas não é qualquer educação, e sim uma que faça com que ele se sinta seguro das coisas que vem aprender, e aquilo que ele aprenda na escola sirva para o mundo. O resultado demonstra que estamos no caminho certo e que investindo no aluno a gente tá reduzindo a violência, aumentando a possibilidade de solidariedade, de paz e vida melhor no município”.

Ideb - O Ideb foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. É calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) – para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil – para os municípios. O índice varia de zero a dez.

O Ideb é importante por ser condutor de política pública em favor da qualidade da educação. É a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) para a educação básica, que estabeleceu como meta que em 2022 o Ideb do Brasil seja 6,0 – média que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável a dos países desenvolvidos. Belém já chegou à nota 5 nos primeiros anos da educação básica.


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