Secretário de Saúde do Pará solicita antecipação da vacinação contra a gripe


Devido à proximidade com o Estado do Amazonas, que já registrou 12 óbitos por gripe causada pelo vírus H1N1, o secretário de Saúde Pública do Pará, Alberto Beltrame, solicitou ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta a antecipação da Campanha de Vacinação contra a Gripe em território paraense. Em ofício enviado ao ministro, Alberto Beltrame argumentou que “é grande o fluxo de pessoas entre os dois estados, e que ambos têm similaridades climáticas e epidemiológicas”.

Segundo a coordenadora estadual de Imunizações, Jaíra Ataíde, a vacina protege contra três tipos de vírus (Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B), sendo atualizada anualmente, uma vez que as cepas dos vírus sofrem mutação todo ano. A coordenadora ressaltou, no entanto, que a vacina é direcionada aos grupos prioritários - crianças de seis meses a menores de 5 anos, mulheres gestantes e puérperas, idosos com mais de 60 anos, indígenas, pessoas com doenças crônicas, profissionais de saúde, professores e pessoas privadas de liberdade. “Com exceção dos profissionais de saúde e professores, que tomam a vacina em função do seu trabalho, são essas as pessoas mais afetadas pelo agravamento da doença”, acrescentou Jaíra Ataíde.

Em 2018, o Pará conseguiu vacinar 90% da população, mas não alcançou a meta entre as crianças menores de 2 anos. Por isso, Jaíra Ataíde disse esperar que, neste ano, a população participe mais da campanha. “Porque a vacina é umas das medidas mais eficazes, e todas as pessoas que fazem parte de grupos prioritários devem procurar o posto para tomar a vacina nesse período”, enfatizou.

Em 2018, o Pará fechou o ano com a notificação de 1.208 casos de SRAG, incluindo 97 óbitos, dos quais 58 (62%) tiveram coleta de nasofaringe, confirmando que a maioria - 13 óbitos (40,6%) - foi causada pelo vírus Parainfluenza 3. O H1N1 causou oito mortes (25%).