O Ministério Público do Estado do Pará
(MPPA) realiza mais uma etapa da Operação Anonymous. A pedido da 1ª Promotoria
de Justiça do Tribunal do Júri de Ananindeua, na pessoa da promotora de Justiça
Lizete de Lima Nascimento, o juiz Cristiano Magalhães Gomes autorizou a
realização de busca e apreensão no 5º Batalhão da Polícia Militar de Castanhal.
A operação ocorre na manhã desta terça-feira (16).
A operação no 5º BPM de Castanhal ocorre
após cautelosa análise, pela 1ª PJ de Ananindeua, de oito volumes de Autos
Processuais, entre inquéritos policiais e anexos. Trata-se de uma investigação
sobre o envolvimento de policiais militares em grupos criminosos que estariam
atuando, sobretudo, na região metropolitana de Belém.
O Inquérito Policial com inúmeros
elementos de prova convencera o Ministério Público de que 10 envolvidos, sendo
3 civis e 7 policiais militares, participaram, no dia 19 de fevereiro de 2019,
no município de Ananindeua, do assassinato de Walberson Nunes Dantas,
vulgarmente conhecido como “Tio Flora”.
Um dos fundamentos para a operação desta
terça-feira (16) é que o mandante do assassinato de “Tio Flora”, em declarações
à Polícia, disse que em suas folgas “labora de forma extraordinária” para o
Comandante do 5º BPM, tendo sido inclusive encontrados em sua residência armas
e coletes balísticos pertencentes ao 5º BPM, os quais estariam em nome do
Comandante.
Entenda o caso – No dia 18 de março de
2019 foi deflagrada pela polícia a Operação Anonymous. Na primeira fase, foram
analisados pelo Ministério Público
diversos pedidos de prisão, além de busca e apreensão domiciliar, autorizados
pelo juiz, Cristiano Magalhães Gomes.
Inúmeros mandados de prisão foram
cumpridos. Um grupo paramilitar de milicianos foi retirado das ruas, acusados
de homicídio e associação criminosa.
Ainda no dia 18 de março diversas
Audiências de Custódia foram realizadas no Fórum da Comarca de Ananindeua,
presididas pelo juiz Cristiano Magalhães Gomes e a promotora titular da 1ª
Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri da Comarca de Ananindeua, Lizete de
Lima Nascimento, estendendo-se, inclusive, ao período noturno.
A promotora de Justiça Lizete de Lima
Nascimento, ofereceu denúncia, e pediu a prisão de 3 Policiais Militares da
ativa, os quais, até o momento da oferta da Inicial Acusatória, se encontravam
soltos.
Texto: Com informações da 1ª Promotoria
de Justiça do Tribunal do Júri de Ananindeua