Dores articulares e óssea, anemia
crônica, icterícia e fadiga intensa são sintomas da anemia falciforme, uma das
doenças genéticas e hereditárias mais comuns no Brasil. Nesta semana, quando se
comemora o Dia Mundial da Conscientização e Sensibilização das Pessoas com
Anemia Falciforme, o Hospital Regional do Sudeste do Pará - Dr. Geraldo Veloso
(HRSP), gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social
e Hospitalar, em Marabá (PA), alerta a população sobre a importância do Teste
do Pezinho no diagnóstico precoce da doença. Desde que foi implantado no
Hospital, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Marabá, o serviço
já beneficiou 150 crianças internadas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
O exame ajuda a identificar também os
casos de fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e fibrose cística.
Segundo o Ministério da Saúde, a cada
ano, o País registra o nascimento de 3.500 crianças com anemia falciforme e
outras 200 mil com o traço falciforme. Muitas delas passam por inúmeras
transfusões de sangue ao longo da vida. Por conta disso, o Hospital Regional de
Marabá integrou a sensibilização sobre a doença à programação do "Junho
Vermelho" da Unidade, que incentiva o aumento das doações de sangue na
região.
"Estamos mobilizando todas as
pessoas que estão no Hospital - colaboradores, pacientes, acompanhantes e
visitantes - para participarem da nossa 36ª campanha de doação de sangue.
Muitas vidas dependem de transfusão: aquelas que passam por cirurgias, sofrem
acidentes de trânsito ou estão com forte anemia, por exemplo. São várias
situações que, às vezes, quem não vive a rotina de um hospital desconhece a
importância das doações", comenta o biomédico da Agência Transfusional do
Hospital Regional de Marabá, Gustavo Ramos.
Entenda a doença
A anemia falciforme é causada pela
presença de uma hemoglobina anômala, a Hemoglobina S. Ela é a proteína
responsável pelo transporte de oxigênio aos tecidos, presente nos glóbulos
vermelhos do sangue, também conhecidos como hemácias. No caso dos portadores de
anemia falciforme, essas hemácias têm a forma de foice ou meia lua e são mais
rígidas, por isso, enfrentam dificuldade para passar pelos vasos sanguíneos,
comprometendo a circulação sanguínea e a oferta de oxigênio.