Levantamento da área de estatística do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que, do total de 2.486.495 títulos de
eleitor que foram cancelados em todo o país por ausência aos três últimos
pleitos, a maioria é de adultos jovens do sexo masculino, solteiros e com baixa
escolaridade.
Ao todo, foram cancelados 1.367.509
títulos pertencentes a eleitores homens contra 1.118.213 de mulheres. Apenas
773 documentos cancelados referem-se a eleitores que não informaram seu gênero.
No que se refere ao grau de escolaridade,
o cancelamento atingiu 915.375 documentos de eleitores, homens e mulheres, que
informaram ter ensino fundamental incompleto, seguido daqueles com ensino médio
incompleto, que representam 536.634 eleitores.
Já quanto ao estado civil, o maior
número de títulos cancelados foi de solteiros: 1.912.115. Por sua vez, a faixa
etária relativa à maior quantidade de cancelamentos foi a de 25 a 29 anos, com
425.211 documentos envolvidos.
O quadro por unidade da Federação mostra
que o estado de São Paulo lidera o número de cancelamentos, com 674.500 títulos
cancelados, seguido do Rio de Janeiro, com 299.121, e de Minas Gerais, com
226.761.
Em todo o Brasil, foram cancelados mais
de 2,4 milhões de documentos de eleitores que estavam há mais de três eleições
(regulares ou suplementares) consecutivas sem votar ou justificar a ausências
às urnas.
Se o eleitor tiver dúvida sobre a
regularidade de seu documento, a consulta é gratuita e está disponível no
Portal do TSE.
O que fazer a partir de agora
O eleitor que teve seu título cancelado
deverá pagar multa no valor de R$ 3,51 por turno faltante, sendo cada turno
considerado uma eleição. Confira no Portal do TSE o passo a passo para a
quitação de multas eleitorais.
Em seguida, deverá comparecer a um
cartório eleitoral, apresentando documento de identificação e comprovante de
residência, para solicitar a regularização do título. A regularização somente
será possível se não houver qualquer pendência eleitoral.
É importante lembrar que o título de
eleitor precisa estar regular para que o cidadão esteja em dia com outros
documentos, tais como passaporte e carteira de identidade. A regularidade do
título também é exigida para: a obtenção de empréstimos em qualquer
estabelecimento de crédito mantido pelo governo; a inscrição em concurso
público, a investidura e a posse em cargo ou função pública; a renovação de
matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; e a
prática de qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou
Imposto de Renda, entre outros.