O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) inaugura, nesta quinta-feira (13), às 14h30, o primeiro Laboratório de Tecnologia Assistiva (Labta) hospitalar do Brasil. De forma inovadora, no espaço são produzidas órteses individualizadas de baixo custo para atender vítimas de acidentes com traumatismo e queimaduras. A unidade será a primeira instalada em hospital com a finalidade de atender pacientes de média e alta complexidades.
O novo ambiente vai possibilitar a
ampliação da produção de órteses que auxiliam a recuperação clínica,
principalmente, pela substituição da matéria-prima: o termoplástico de baixa
temperatura pelo PVC (policloreto de vinila). Cada placa do termoplástico ezeform
é adquirida por R$ 300. A partir dela é possível produzir 5 órteses sob medida,
sendo 4 para membro superior e 1 para inferior. Com o novo laboratório podem
ser confeccionadas até 30 peças com apenas um cano de PVC, que custa em torno
de R$ 180 cada.
A tecnologia assistiva já existia no
HMUE como serviço, mas a conquista de um espaço destinado, especialmente, para
a produção é um ganho significativo. O investimento para a adaptação do
ambiente foi de R$ 3 mil. Desde janeiro, a produção já estava ocorrendo em
caráter experimental e, desde então, foram confeccionadas 160 órteses. A
capacidade do laboratório é de 360 por ano.
O Labta veio de uma experiência já
adotada no ambiente acadêmico na Universidade do Estado do Pará (Uepa). Quando
era estudante de Terapia Ocupacional na instituição, Lucas Muniz teve a base
teórica e prática na área e, ao atuar no Metropolitano, identificou a demanda
propondo a solução. A inovação iniciada na faculdade passa agora a contribuir
na dinâmica profissional da unidade, trazendo benefícios para a sociedade.