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Foto: Agência Pará |
A Operação Verão do Corpo de Bombeiros
Militar do Pará segue até o dia 5 de agosto e além de contar com mais de 930
homens atuando em 126 pontos de cobertura, esse ano - pela primeira vez - será
feito o uso de drone a fim de garantir a segurança dos veranistas que optarem
por visitar as praias ou rios do Estado. O equipamento vai permitir tanto a
localização de pessoas, quanto de veículos em situação de risco.
O Coronel Reginaldo Pinheiro, comandante
operacional da corporação, explica que para a proteção balneária haverá um
reforço de 200 militares durante os finais de semana. "Nosso efetivo total
chega a quase 1 mil homens, mais o pessoal de prontidão nos quarteis atuando em
82 balneários e outros pontos mapeados pela nossa equipe. Isso em 45
municípios. Apesar de estarmos presentes em 26, conseguimos fazer essa extensão
na operação", pontua.
O Governo do Estado do Pará entrou com
um aporte para a operação de aproximadamente R$ 2 milhões. Além da operação, a
população pode contar com o aplicativo "Praia Segura", que conta com
cinco funções: Cadê Minha Criança; Módulo Tábua de Marés; Módulo Clima; Dicas
de Segurança; e o Ligue 193.
"O Cadê Minha Criança apresenta um
relatório das crianças encontradas pelo CBMPA nas praias do Estado. Assim, os
pais, familiares ou responsáveis podem saber onde elas estão; o Módulo de Tábua
de Marés apresenta o clima de cinco regiões: Belém, Curuça e Salinas; as Dicas
de segurança informam como o cidadão pode se guiar ao chegar em uma praia ou
balneário", explica.
Além do aplicativo, mais de 10 mil
pulseiras foram confeccionadas para garantir a segurança dos pequenos. "O
próprio militar aborda os pais ou responsável ao ver a criança e faz a
identificação com nome e telefone, mas ficamos felizes que esse tipo de
ocorrência tem diminuído", comemora. Os adolescentes que integram o
Projeto Escola da Vida também vão atuar nas operações.
Trânsito - A BR-316, via de saída da
capital paraense, também conta com recobrimento operacional dos Bombeiros com
equipes de salvamento veicular, ou seja, militares que têm curso de salvamento
em veículos e sabem operar o alicate que corta latarias. As barreiras foram
posicionadas em: Santa Maria; Nova Timboteua; Santa Luzia, e finaliza em
Salinas. Há também unidades de resgate que ficarão na capital até o acesso no
Distrito de Mosqueiro.
Quando a praia, não é a sua praia
Segundo dados da Sociedade Brasileira de
Salvamento Aquático (Sobrasa), no mundo, cerca de 500 mil pessoas morrem todos
os anos em decorrência de afogamentos. No Brasil, esse número chega a
aproximadamente 7 mil, sendo que 45% dessas pessoas têm entre 1 e 14 anos. Na região
Norte, o Estado do Pará lidera esse ranking em decorrência dos rios, mas
segundo o Coronel Reginaldo Pinheiro, sobretudo, pela falta prevenção.
"A precaução é fundamental para se
evitar acidentes seja ao viajar de embarcação ou ao se chegar em uma praia ou
leito do rio. As ocorrências em Outeiro e Mosqueiro reduziram, mas em Salinas
aumentou em função dos piqueniques. Percebemos é que esse público desconhece a
praia e, assim, acabamos registrando afogamentos de quem frequenta o
local", afirma.
Os afogamentos em Salinas são
classificados em níveis, contabilizados do 1 ao 7. Os que ocorrem em Salinas
vão até o 3 e são caracterizados por pessoas que engoliram água, mas continuam
com as funções vitais normais; entre 5 a 7 já é necessário a intervenção do Corpo
de Bombeiros ou de um socorrista.
Além desse tipo de ocorrência, os
acidentes com animais marinhos são outra preocupação. "Temos muito
registros de acidente com água viva ou ferrão de peixe peculiares do nosso
meio. Assim, pedimos que as pessoas tenham sempre percepção do risco. Não é o
seu ambiente? Tenha cautela e mantenha contato com o guardião ou guarda vida
perguntando a ele qual é a melhor área de banho ou até tirando outras dúvidas
sobre o local. Ele está no local para orientar", afirma.
Confira cinco dicas para aproveitar suas
férias em segurança:
- As praias estão sinalizadas com
bandeiras. Se for bandeira verde ela está própria para o banho; amarela, já há
um risco médio de afogamento e a bandeira vermelha, o risco alto de afogamento.
Ou seja, não entre na água;
- Não consuma alimentos pesados e tente
nadar, você pode não ter fôlego suficiente e se afogar;
- A bebida alcoólica também retarda o
movimento muscular. Ou seja, se você beber e for nadar corre um risco maior de
se afogamento;
- Você viu alguém se afogando? Se não
tem treinamento não tente salvar a pessoa sozinho. Chame um bombeiro
imediatamente. Esses profissionais atuam sempre em dupla. Se porventura um
passar mal, o outro estará para dar suporte;
- Vai viajar de barco? Use o colete
salva-vidas. Diga a algum funcionário da embarcação, que você quer testá-lo.
Fazer isso antes da viagem é importante para garantir a sua segurança.