A 12ª edição do Simpósio Nacional Sobre
Recuperação de Áreas Degradadas (SINRAD) se encerra, hoje (27), no campus da
Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), em Belém. O simpósio é
considerado o maior evento do país sobre o tema, atraindo participantes do
Brasil e do exterior, entre eles profissionais de empresas que atuam na região
amazônica, como a Mineração Paragominas, mina de bauxita da Hydro no Pará. O
evento é uma realização da Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas
Degradadas (Sobrade), uma iniciativa que visa aproximar os atores sociais
que influenciam no uso, ocupação e modificação do solo, como mineração,
agropecuária, logística, entre outras atividades, com a finalidade de discutir
como promover o desenvolvimento econômico e social, respeitando o meio
ambiente.
O objetivo do SINRAD é identificar e
avaliar a recuperação de áreas degradadas, soluções práticas, cases de sucesso,
formas de monitoramento, assim como promover discussões que permitam avançar no
desenvolvimento de modelos úteis a essas atividades. Para contribuir com os
debates, o analista ambiental da Mineração Paragominas, Victor Barbosa, vai
apresentar a palestra sobre “Experiência da Hydro em busca do ‘Estado da Arte’
em recuperação de áreas verdes”, durante a programação de hoje.
Segundo ele, a participação da
empresa no SINRAD denota o interesse em conhecer novas experiências, bem como
apresentar a sua atividade de extração de bauxita aliada à conservação da
biodiversidade. “A Mineração Paragominas estabeleceu metas e compromissos
ambientais de suas operações na Amazônia, como a recuperação florestal de 1
hectare para cada hectare minerado. Além disso, criou o Consórcio de Pesquisa
em Biodiversidade Brasil-Noruega (BRC) que busca compreender as dinâmicas
ecológicas em diversas áreas do conhecimento, relacionadas às etapas da
mineração – antes, durante e após a lavra da bauxita”, afirma.
A Mineração Paragominas tem sido um
laboratório para análises científicas por pesquisadores do consórcio formado
pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Rural da Amazônia
(UFRA), Museu Paraense Emilio Goeldi, Universidade de Oslo (UiO) e por
profissionais da Hydro. Mais de 2.300 hectares já foram reabilitados até o
momento após a extração da bauxita. “O nosso objetivo é buscar o
‘Estado da Arte’, garantindo uma mineração sustentável e devolvendo as áreas à
sociedade o mais semelhante possível, ou até mesmo melhor, do que eram no
início das atividades de lavra”, acrescenta Victor Barbosa.
Diversas áreas das ciências naturais são
pesquisadas no BRC: aves, peixes, algas, mamíferos, decomposição de madeiras,
fungos do solo, polinização, insetos, estudos genéticos, entre outras. Nos
estudos com fungos e liquens, por exemplo, foram encontradas três novas
espécies de fungos, uma nova espécie de líquen, oito novas ocorrências de
espécies para o Brasil e três novas ocorrências para a Amazônia. Já em estudos
com grandes mamíferos, foram identificadas 27 espécies de grande porte. Destas,
dez espécies se encontram com algum grau de ameaça, de acordo com a lista da
IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza).
O analista ambiental reforça que a
empresa atua para atender mais do que é previsto nas legislações ambientais, e
nesse sentido prospecta parcerias, tecnologias e estratégias inovadoras para
uma mineração sustentável. “O estabelecimento de metas arrojadas, aliado ao
envolvimento com a comunidade acadêmica para compreender os impactos da
mineração e estabelecer os indicadores de recuperação, são exemplos de ações
diferenciais da Mineração Paragominas”, acredita. No BRC, até 2018, foram
envolvidas 155 pessoas, entre pesquisadores, orientadores, técnicos e
estudantes, nos 26 projetos de pesquisa aprovados, sendo que em seis deles as
etapas de campo estão finalizadas.
Localizada no município de Paragominas
(PA), a Mineração Paragominas é uma das maiores minas de bauxita do mundo, com
capacidade nominal de 9,9 milhões de toneladas por ano. O minério é
transportado por um mineroduto de 244Km até a refinaria de alumina Alunorte, em
Barcarena (PA). As duas empresas fazem parte do grupo Hydro, que, no Brasil,
possui a cadeia do alumínio totalmente verticalizada e seus ativos integrados,
agregando valor desde a mineração de bauxita, no Pará, até a elaboração de
produtos acabados de alumínio, nos estados de São Paulo e Santa Catarina.
Fotos e texto: Assessoria de Imprensa