A Agência de Defesa Agropecuária do
Estado (Adepará) realiza, até 31 de dezembro deste ano, vacinação contra a
brucelose em todo o Pará. A meta é imunizar cerca de 1,2 milhão de fêmeas de
bovinos e bubalinos, com idade entre três e oito meses. A comprovação deve ser
feita também até o último dia de 2019, no escritório da Agência mais próximo. A
doença pode ser transmitida e no ser humano pode causar problemas cardíacos,
sudorese, febre, dentre outros sintomas. Por conta disso, a campanha foi
intensificada.
O produtor tem que, obrigatoriamente,
vacinar seu rebanho, sob pena de ter toda a sua propriedade rural bloqueada
para trânsito. Por se tratar de uma doença contagiosa, a vacina não pode ser
ministrada por um leigo. Aconselha-se que um médico veterinário que faça parte
do programa da brucelose aplique, o que também pode ser efetuado por um agente
vacinador, que tenha capacitação e vínculo com o veterinário cadastrado.
Após imunizar os animais, o veterinário
tem outra tarefa: emitir o atestado de vacinação. O responsável pelo rebanho
junta o documento com a nota fiscal de compra da vacina e os entrega no
escritório da Adepará. E então o servidor credenciado da Agência emite outro
papel: a notificação de vacinação. A comprovação garante a liberdade de
trânsito para a propriedade onde está o rebanho durante todo o primeiro
semestre de 2020.
Como é feita a vacinação?
A vacina utilizada nas fêmeas de bovinos
e bubalinos, que têm entre três e oito meses de vida, é a B19, que pode ser adquirida
em casas agropecuárias certificadas. A face esquerda das fêmeas é marcada,
então, com o último número do ano (9, de 2019). Outra vacina pode ser aplicada:
a RB51. Para isso, o produtor precisa comunicar a Adepará sobre sua opção e a
Agência irá emitir um documento que o autoriza a usar a RB51. No caso, a marca
colocada nos animais será um "V".
O que é a brucelose?
A brucelose é uma doença ocupacional.
Nas fêmeas de bovinos e bubalinos, a bactéria causa parto recorrente, contamina
pastagens com os restos fetais e as torna impróprias para reprodução.
"Pedimos, então, que o produtor se conscientize, vacine seu rebanho e, com
isso, leve mais segurança alimentar à mesa do consumidor", informa Augusto
Peralta, médico veterinário e diretor de Defesa e Inspeção Animal da Adepará.
Em caso de identificação de animal suspeito de estar infectado, o responsável
pela propriedade deve entrar em contato com o sistema de saúde mais próximo.
Também sofrem processo de contaminação
os produtos e subprodutos de origem animal, como o leite e a carne atingidos
pela bactéria. "No homem, a brucelose causa febre, orquite testicular,
impotência sexual e pode até deixá-lo paralítico. A pessoa começa a transpirar
muito, a sudorese tem um odor de palha seca, e isso retira o ser humano da
linha de trabalho", acrescenta o veterinário.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
A Adepará executa os trabalhos de
controle e erradicação da lista oficial de doenças da Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE), do qual o Brasil é membro fundador e signatário em executar
as ações de defesa sanitária animal.
A gestão da Adepará está alinhada com os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das
Nações Unidas (ONU). No caso da campanha de vacinação contra a brucelose, firma
compromisso com os ODS 02 e 03, que objetivam "alcançar a segurança
alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável" e
"assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas
as idades".