O governador do Pará, Helder Barbalho,
participou nesta segunda-feira (13) da colocação da última aduela de ligação na
ponte Rio Moju, que integra o complexo da Alça Viária. Agora, a ponte - que
está sendo reconstruída - entrará na fase de concretagem da laje (pista da
ponte). Composta por dez pares de aduelas, mais uma de ligação, a colocação da
parte final de 2 metros, conhecida por fecho, consolidou a união dos trechos
remanescentes do desabamento da ponte. Desta forma, o tabuleiro está concluído,
com 268 metros de comprimento, ligando os pilares AP6 ao AP11.
"Com essa última parte agora
instalada, entramos na etapa final de concretagem das lajes de solidarização do
tabuleiro, onde em seguida serão realizados os testes de carga com veículos
pesados trafegando em velocidade. Somente após será feita a pavimentação, para
que estejamos garantindo que ainda no mês de janeiro esta ponte seja entregue à
população, restabelecendo o fluxo de veículos da Alça Viária, trazendo à
normalidade para as pessoas que necessitam deste importante acesso de
interligação do nosso Estado", destacou o governador Helder Barbalho.
Cerca de 1 milhão de pessoas utilizam
por mês o corredor da Alça Viária, que faz parte da Rodovia PA-483. Com o
fechamento dos dois vãos e a instalação de todos os 40 estais (cabos de aço),
faltam agora apenas serviços de montagem de guarda-corpo e finalização da sinalização
rodoviária horizontal e vertical na ponte.
Compromisso - Segundo o secretário de
Estado de Transportes, Pádua Andrade, a entrega da obra no prazo máximo de sete
meses atende a um compromisso assumido pelo governador Helder Barbalho. "É
uma obra complexa, que nós estamos 24 horas focados em cumprir o cronograma,
com a solução de engenharia para a reabilitação da Alça Viária, e assim atender
às exigências de navegação da região, com a construção de um trecho estaiado de
268 m de comprimento, com um mastro central que suporta o tabuleiro com 40
cabos estais, com cordoalhas de aço de alto desempenho", informou.
A nova solução para a segurança da ponte
Rio Moju possibilitou dois novos canais de navegação, com 134m de largura, que
permitem uma navegação adequada aos comboios de balsas. A segurança desse
trecho está garantida com a instalação de três defensas flutuantes (denominadas
dolfim) para proteção das fundações, altamente resistentes a grandes impactos.
As defensas estão sendo construídas com
um casco de aço anelar, segmentos estanques e seção transversal tubular de 3m x
4m, que envolvem os blocos de fundação, alcançando 57 m no diâmetro maior da
elipse e 36 m no diâmetro menor. O anel de aço está revestido com placas de
concreto pré-fabricado, para absorver a energia de impacto correspondente a uma
força estática de até 28 MN (Mega Newton) ou 2.800.000 kgf, resultantes de
comboios de balsas viajando em velocidades de 10 nós (20 km/h). Os segmentos
estanques das defensas visam impedir o afundamento imediato diante dos impactos
de balsas, possibilitando a reparação em tempo suficiente após o impacto.
Mitigação de risco - O secretário Pádua
Andrade disse que, por se tratar de uma obra de risco 3, mas sem nenhum
acidente de trabalho registrado desde seu início, é ainda maior a
responsabilidade na reta final. Por isso, cada atividade utiliza a metodologia
de trabalho que inclui planos de Rigger, estratégias usadas como meio de
mitigação de riscos, para proteção das pessoas, da carga, da propriedade e
equipamentos localizados na circunvizinhança da área de trabalho, assim como as
operações de içamento, uma vez que a obra opera com seis guindastes.
"Além de todas as operações de
construções, precisamos preservar a travessia das balsas, dos ribeirinhos,
retirar o que ainda há de entulho, instalar as proteções que evitarão novos
sinistros como esse, com uma equipe da Marinha fazendo toda a supervisão e
liberação das atividades", acrescentou o titular da Secretaria de Estado
de Transportes (Setran), que é engenheiro civil com mestrado em Execução de
Planos de Rigger.
"Continuaremos vistoriando. Nosso
foco é a entrega de um produto de qualidade, de segurança. Vamos passar de um
canal de navegação de 68 m pra dois de 134 m, para garantir mais conforto e
segurança", reforçou o secretário.