O ano de 2020 começou registrando
elevação no preço da maioria do pescado comercializado nos mercados municipais
de Belém, conforme pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 14, pela Secretaria
Municipal de Economia (Secon) e pelo Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As espécies com maiores reajustes no mês
de janeiro foram a piramutaba, com alta de 13,28%; seguida do filhote, com
elevação de 10,99%; a pirapema, 8,73%; o xaréu, 8,71%; a pescada gó, 8,53%; o
cação, 8,39%; a uritinga, 8,33%; a traíra, 8,17%; o peixe pedra, 7,99%; a
arraia, 7,28%; a sarda, 6,39%; a gurijuba, 5,96%; o pacu, 3,83%; o peixe serra,
3,27%; a tainha, 3,21%; a corvina, 3,07%; a pescada branca, 2,67%; a
pratiqueira, 2,22%; o tucunaré, 2,08%; o surubim, 1,85%; o bagre, 1,62%; e o
tambaqui, com alta de preço de 1,01% .
“Essas elevações ocorreram devido à
diminuição comum das embarcações no período de final e início de ano, o que
resultou em uma maior procura que a própria oferta do peixe. No entanto, este
mês de fevereiro já está normalizado e vamos garantir preços bem mais
acessíveis aos nossos fregueses”, garantiu o presidente do Sindicato dos
Peixeiros de Belém e Ananindeua, Fernando Souza, que também é vendedor de
pescado no Mercado de Ferro do Ver-o-Peso.
Apesar da alta no mês de janeiro, aponta
o levantamento, algumas espécies apresentaram queda no valor, como cangata, com
recuo de 11,33% no preço, seguido do tamuatá, com baixa de 10,39%; do cachorro
de padre, -6,29%, do camurim, -5,83%, do mapará, -4,36%; do curimatã, -2,52% e
do aracu, com queda de 1,89%.
Já no balanço do comportamento do preço
do peixe nos últimos 12 meses, o estudo indicou que a maioria do pescado
comercializado nos mercados municipais Belém no período de janeiro de 2019 a
janeiro de 2020 apresentou queda de valor, com destaque para a traíra, com
recuo de 20,60%; seguida do cachorro de padre, com queda de 14,33%; do bagre,
com -14,01%; do curimatã, -12,96%; aracu, -12,51%; dourada, -8,99%; mapará,
-8,35%; pacu, com queda de 7,45%; peixe pedra, -7,30%; surubim, -5,31%;
tamuatã, -5,09%; xaréu, -4,01%; piramutaba, -3,90%; peixe serra, -2,45%;
gurijuba, -2,25%; cação, -1,64%; corvina, -1,55%; tainha, -1,36%; e do filhote,
com queda de 1,24%.
“Temos que pensar em políticas públicas
para o equilíbrio do preço e a demanda do pescado dentro da capital e no
interior do Estado, principalmente com as proximidades da Semana Santa, período
onde há mais saída do produto para outras localidades do país”, alertou o
supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena.
Para garantir a continuidade da
comercialização do pescado nos mercados municipais a preço acessível na mesa do
consumidor na Semana Santa, a Prefeitura de Belém publica todos os anos o
decreto que dispõe sobre a circulação intermunicipal do pescado. “No início do
mês de março vamos convidar todos os órgãos municipais e estaduais que
trabalham na fiscalização do peixe, e também as associações dos peixeiros,
balanceiros e atacadistas para juntos desenvolvermos uma ação de controle de
entrada e saída do produto”, disse o Titular da Secon, Rosivaldo Batista.