Em época de pandemia muitos gastos foram
cortados, mas um que as pessoas continuam a ter é a compra de medicamento.
Dados do mercado mostram que a população continua adquirindo em grande ritmo e,
em alguns casos até mesmo aumentou a procura de produtos ligados à pandemia,
como é o caso das vitaminas, antigripais e produtos de higiene e proteção.
Segundo a 4ª Análise do Perfil de Compra
dos Clientes das Farmácias, realizada pelo IFEPEC (Instituto Febrafar de
Pesquisa e Educação Corporativa) em parceria com a Unicamp, pouco antes da
pandemia, a frequência dos brasileiros nas farmácias é grande, sendo que 61,6%
dos entrevistados frequentam duas vezes ou mais por mês farmácias.
Outro ponto relevante é que os clientes
compram, em média, mais de três produtos por visita às farmácias. Essas compras
possuem um ticket médio nacional de R$ 55,04. Além disso a mesma pesquisa
aponta que a maioria dos entrevistados, 86,7%, não costumam pesquisar preços em
outras farmácias. Contudo, 64,4% desses entrevistados apontaram o preço como
fator decisivo para a escolha de uma farmácia.
"Mesmo tendo os medicamentos preços
tabelados é possível economizar nessas comprar. Uma coisa que poucas pessoas sabem
é que se tabela apenas o valor máximo dos medicamentos, mas o mínimo as
farmácias podem estabelecer de acordo com suas estratégias comerciais",
explica Reinaldo Domingos, educador financeiro da Associação Brasileira de
Educadores Financeiros (ABEFIN).
Para auxiliar os consumidores, o
educador financeiro Reinaldo Domingos elencou orientações sobre como
economizar:
1. Pesquise preços
Esta não é hora de ir a diferentes
farmácias, mas a maior parte das farmácias fornecem valores pela internet ou
mesmo aplicativos e WhatsApp, é interessante pesquisar, pois os preços são
realmente muito diferentes, sem contar que no final das contas uma drogaria
pode cobrir o preço da concorrência. Parece besteira, mas a grande parte das
pessoas não realiza essa pesquisa, vai apenas na farmácia de costume. Aconselho
que o consumidor faça um cadastro de fidelidade, pois a prática pode resultar
em descontos futuros. Consultar comparadores de preços online também é uma boa
saída.
2. Cuidado com as armadilhas das
farmácias
Mais até mesmo que os supermercados, as
farmácias estão planejadas para levar as pessoas a comprarem mais, todo seu
trajeto em uma farmácia, principalmente nas grandes redes levam a compra de
produtos que não tem necessidade, principalmente medicamentos isentos de
prescrição, por isso, todo cuidado é pouco, compre somente o necessário e evite
produtos que não são seu foco e que não sejam os produtos fins das drogarias,
como balas e chocolates, pois geralmente poderia comprar esses produtos no
outro lado da rua pela metade do preço.
3. Prefira genéricos
Na grande maioria das vezes os
medicamentos genéricos são mais em conta, assim a orientação é sempre buscar
por essa alternativa nas farmácias e quando o médico for elaborar a prescrição,
solicite que coloque o princípio ativo em vez da marca. Pesquise também entre
laboratórios, pois os preços são variados.
4. Cadastre-se no programa Farmácia
Popular
Muitas farmácias possuem um programa
governamental chamado Farmácia Popular, esse oferece medicamentos gratuitos de
hipertensão, diabetes ou asma para pessoas que possuem cadastro e receita. O
programa também possibilita descontos de até 90% mais baixos. É necessário
apenas ir a uma farmácia credenciada, apresentar a receita - que não precisa
ser de um médico do Sistema Único de Saúde (SUS) - e a identidade para
conseguir pegar medicamentos com desconto.
5. Utilize programas de fidelidade
A grande maioria das farmácias possui
programas de fidelidades com grandes benefícios. Mas além disto existem os
programas dos laboratórios, faça seu cadastro, pois são aceitos em muitas
farmácias, gerando economia de até 70%. Veja se sua empresa, plano de saúde,
sindicato ou associação de classe profissional não possui parceria com alguma
rede.
6. Remédios gratuitos pelo SUS
É possível retirar gratuitamente alguns
medicamentos disponibilizados pelo Ministério Público em Unidade Básica de
Saúde (UBS), desde com a receita e o documento de identidade em mãos. Lembrando
que no meio da pandemia existem casos de agendamento prévio para retirada de
medicamentos e a possiblidade de terceiros retirarem com uma procuração.