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Crédito: Bruno Cecim / Arquivo Ag.Pará |
A pandemia causada pelo novo coronavírus
afetou bastante a economia, especialmente, o setor do turismo, o primeiro e
mais fortemente atingido durante a crise em todo o mundo. Para ajudar os micro
e pequenos empresários paraenses, bem como os trabalhadores informais e da
economia criativa, o Governo do Pará criou o Fundo Esperança, que oferece
linhas de crédito para auxiliar na recuperação econômica dos empreendimentos.
Agora, dos R$ 200 milhões anunciados, o Estado garantiu os últimos R$ 80
milhões em recursos, e os interessados já podem se inscrever a partir da
próxima segunda-feira (01).
Simone Pereira é uma destes muitos
empreendedores que vão ser beneficiados pelo Fundo. Sócia proprietária do Hotel
Marajó, fechado desde o dia 20 de março, ela diz que a ajuda do governo é muito
bem-vinda. "O auxílio, além de ser uma verba para quem não está recebendo
nada, é uma ajuda fundamental. Ele amenizou e vai dar para sanar algumas
dívidas. Então, somos gratos pelo Fundo, até porque ficaram parcelas suaves e o
juros também, e isso é fundamental. E para nós do turismo está sendo muito
difícil conseguir linha de crédito, agora", conta Simone Pereira.
De acordo Simone, antes da pandemia,
investimentos foram feitos e o dinheiro do auxílio vai ajudar a equilibrar as
contas e a comprar equipamentos de proteção individual. Ela faz parte da
primeira rodada de inscritos que foram notificados no dia 24 de maio. Agora, o
governo define uma nova data para as inscrições.
Novos critérios - O processo sofreu uma
mudança. Segundo a superintendente de Desenvolvimento Econômico e Social do
Banpará, Cindy Ornela, agora a inscrição vai ser feita direta para poder
inserir a proposta. O empreendedor já vai cadastrar e saber se o contrato está
ou não aprovado. Podem se inscrever novamente as pessoas que tiveram a proposta
negada, que se inscreveram e não foram contactadas, que tiveram alguma
informação dada como inválida ou aquelas que tiveram esgotadas as tentativas de
contato.
"Essa é a principal iniciativa
financeira do Governo do Estado. Ele (Fundo Esperança), pode até não resolver
todos os problemas das nossas empresas, mas garante um fôlego que todo mundo
precisa para poder passar por esse momento. Então, na nossa visão, é a maior
prioridade do banco e a principal ferramenta de reversão das adversidades
enfrentadas pela economia paraense", afirma Cindy Ornela.
Simone Pereira está otimista e o
principal objetivo nesse momento é amenizar os danos causados pela pandemia.
"Eu ainda sou muito esperançosa no turismo. A gente terminou uma obra
grandiosa voltada para o turismo sustentável. Então, a gente tem que ter o
plano para retomar, acreditar e vestir a camisa do turismo", disse a
empresária.
O secretário de Estado de Turismo, André
Dias, ressalta que mais de 90% das pessoas que trabalham no turismo se
enquadram em algumas das categorias. "O Fundo Esperança é fundamental
nesse momento no turismo, porque foi o setor da economia mais impactado pela
crise econômica causada pela pandemia da Covid-19. Então, os empreendedores
precisam desse apoio financeiro e esse recurso, vem exatamente atender aos
principais empreendedores do turismo aqui do Pará", declara o Secretário.
Mais de 50 mil pessoas, entre físicas
(informais e autônomos) e jurídicas (microempreendedores individuais,
microempresas e empresas de pequeno porte), já foram atendidas. Em valores
monetários, dos R$ 200 milhões, já foram concedidos cerca de R$ 120 milhões em
créditos. A partir do dia 1° de junho, os empreendedores que ainda não tiveram
acesso ao benefício, podem se inscrever no site oficial do projeto:
www.fundoesperanca.pa.gov.br
(Texto produzido com colaboração de Aila
Beatriz Inete).