O Centro de Perícias Científicas Renato
Chaves (CPC), em Belém, dobrou a capacidade técnica neste domingo (3) para
atender a crescente demanda da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) ao
Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que funciona nas dependências do órgão,
responsável pela análise dos óbitos de causa natural ou por doenças diversas. O
atendimento é diferente do serviço realizado pelo Instituto Médico Legal (IML),
que investiga mortes violentas ou acidentais.
"O IML dobrou sua capacidade
técnica funcional para atender a essa crescente demanda de óbitos naturais. Nos
já tiramos o contêiner antigo das dependências e trocamos por um novo
contêiner, no sentido de atender a uma quantidade maior de corpos,
principalmente para dar suporte à demanda reprimida de ontem (sábado)", informou
Celso da Silva Mascarenhas, diretor-geral do CPC Renato Chaves. "O CPC já
havia adquirido um contêiner com capacidade para 35 corpos desde domingo
passado. A Sespa já nos forneceu outro com capacidade para 15 corpos, e hoje
vamos instalar mais um com capacidade para 25 corpos", completou.
Liberações - Segundo o diretor, o Centro
de Perícias já incrementou o quadro administrativo para reforçar o SVO. A fim
de oferecer mais conforto aos familiares que aguardam as liberações, também
serão montadas mais cinco tendas no CPC neste domingo. Até o momento, já foram
liberados 26 corpos, entre eles oitos suspeitos de mortes por Covid-19, já que
outros aguardam confirmação. O tempo médio de liberação é de 20 a 40 minutos em
relação ao último sábado (2). A expectativa do SVO é liberar cerca de 50 corpos
ainda hoje para as famílias.
Pessoas que morrem de causa natural em
domicílio, por exemplo, a solicitação para remoção do corpo não poderá ser
feita diretamente por um familiar. Nesses casos, o familiar deve ir a uma
Delegacia e registrar o boletim de ocorrência, para que a autoridade policial
acione a equipe de remoção do SVO.
Em relação às mortes naturais em
hospitais e outras unidades de saúde, a solicitação de remoção ao SVO será
feita pelo médico, isto quando o paciente tem menos de 24 horas de internação e
a equipe médica não tenha condições clínicas de atestar a causa da morte.
O mesmo ocorre nos casos em que o
paciente esteja com mais de 24 horas de internação em uma unidade hospitalar e
os médicos não tenham condições de atestar a causa do óbito. Nessa situação, o
caso é considerado como de interesse epidemiológico ou científico e, por isso,
a equipe médica solicita a remoção do corpo.