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Agência Pará |
Mesmo estando ainda no começo do segundo
semestre, 2020 já entra para a história por marcar uma cisão entre o ‘antes’ e
o ‘depois’ na atual geração. A crise de saúde, econômica e social ocasionada
pela pandemia do novo coronavírus será seguida por mudanças que marcarão
definitivamente nosso dia a dia.
No segundo bloco do ‘Estudo MARCO
Hábitos de Consumo Pós-COVID-19’, a agência MARCO avaliou como a sociedade
global irá se comportar depois da pandemia, explorando costumes sociais em um
total de 4.500 pessoas entrevistadas no Brasil, Espanha, Itália, Portugal,
México e Colômbia.
Daqui para frente, as reuniões sociais
deverão ser marcadas por medidas de segurança e distanciamento social. Dessa
forma, 42% dos brasileiros afirmam que evitarão dar beijos e abraços mesmo após
o fim do isolamento. Essa tendência é bem mais alta no exterior – em média, 61%
dos entrevistados nos outros cinco países tomarão a mesma atitude.
Mudanças no ambiente profissional
A sociedade pós-COVID-19 será marcada
não apenas pela crise econômica, mas também por mudanças na maneira de
trabalhar, na conscientização ambiental, na saúde e nos cuidados com a higiene.
Os setores que conseguiram adaptar seus serviços ao home office e ao e-commerce
estão sendo capazes de responder aos impactos da pandemia.
Isso provocou uma transformação em tempo
recorde para muitas empresas e residências, causando um efeito avaliado como
positivo para a maioria dos trabalhadores. Tanto que 72% dos brasileiros
afirmam que gostariam de trabalhar à distância com mais frequência no futuro.
Essa opinião é compartilhada mundialmente, com uma média de 73% em todos os
países pesquisados. Por outro lado, muitos que trabalham de forma remota sentem
falta da vida social no ambiente de trabalho – opinião indicada por mais da
metade (56%) dos brasileiros.
Mudanças na conscientização ambiental
Paradas obrigatórias das atividades no
comércio e na indústria tiveram como efeito colateral a redução das emissões de
poluentes na atmosfera. O planeta parece estar respirando melhor e os cidadãos
estão cada vez mais conscientes do impacto de suas atividades no ambiente.
Dessa forma, praticamente 3 a cada 4 entrevistados em nível internacional
(73,5%) dizem valorizar mais a luta contra as mudanças climáticas do que antes
da crise. Os brasileiros, com 79%, registraram o percentual mais alto dentre os
países pesquisados.
A pandemia do novo coronavírus registrou
a maior queda nas emissões de CO2 desde a Segunda Guerra Mundial, em grande
parte devido à parada ou redução de diversas atividades industriais, assim como
no transporte. O retorno ao trabalho e o
“novo normal” podem provocar mudanças na maneira como uma parcela significativa
das pessoas se locomovem. Tanto que 45% dos brasileiros afirmam que evitarão
usar o transporte público sempre que possível – nível mais baixo dentre as
nações entrevistadas, que têm percentual médio de 58% nesse quesito.
Por fim, o relatório destaca como a
conscientização global em torno da necessidade do isolamento social tem sido
fundamental para o sucesso do movimento #FiqueEmCasa. O Brasil é o único país
em que a maioria das pessoas (63%) considera que o papel dos influenciadores
digitais foi importante para que as pessoas seguissem a orientação de ficarem
confinadas. Na média mundial, 61% dos entrevistados avaliam que as celebridades
da internet não tiveram protagonismo na campanha.
“A sociedade pós-COVID-19 se comportará
de forma diferente depois que superarmos a redução do confinamento. Hábitos tão
comuns como beijos e abraços serão repensados por muitos, exceto em ambientes
totalmente seguros. É claro que a sociedade e os negócios estão se adaptando à
mudança forçada para essa nova realidade. Por outro lado, práticas como a
conscientização ambiental e a aplicação ideal do home office são algumas das
lições que esta crise está nos deixando”, afirma Didier Lagae, CEO e fundador
da MARCO e Profissional Global e Europeu de Relações Públicas de 2019.