Os avanços na pasta da saúde, em Belém,
foram significativos nestes sete anos da gestão atual. Isto porque, desde que o
prefeito Zenaldo Coutinho assumiu o poder executivo municipal, priorizou
investimentos e ultrapassou os 15% dos recursos estipulados na área pela
Constituição Federal. Em 2012, o teto aplicado em saúde foi de 18,22% e, a
partir de 2013, a gestão passou a investir fortemente em ações e serviços
públicos, registrando 24,52%, em 2019.
Exemplo desses investimentos foi na
criação e estruturação, em 2015, da Casa do Açaí, vinculada ao Departamento de
Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde (Devisa/Sesma). O espaço
foi inaugurado para apoio aos manipuladores de açaí, disponibilizando cursos de
capacitação, palestras, orientações, dentre outros serviços. “A criação do
local se deu ainda para auxiliar e orientar os batedores de açaí quanto à
doença de Chagas, como forma de combater a doença e termos um produto de melhor
qualidade”, destacou a gerente da Casa do Açaí, Camila Miranda.
Em 2016, a Casa do Açaí capacitou 1.525
batedores artesanais. Comparando com 2019, houve um aumento de 47%, com 2.247
capacitações realizadas. Além disso, ainda em 2016 foram inspecionados 2.188
estabelecimentos comerciais, enquanto que, no ano passado, este número saltou
para 3.429, ou seja, houve um crescimento de 56%.
“A Prefeitura de Belém tem investido em
medidas que valorizem cada vez mais o fruto e com um intenso trabalho de
fiscalização, contando também com a ajuda da população que, mais consciente, nos
procuram para relatar estabelecimentos que não estejam cumprindo com as boas
práticas sanitárias. De 2016 até o ano passado tivemos um aumento de 246% em
denúncias”, disse Camila.
Segundo dados do Devisa, a estimativa é
de que existam mais de 8 mil pontos de vendas de açaí em toda Belém. Para
assegurar a qualidade do alimento na capital, a gestão investiu
tecnologicamente em formas de processamento e manipulação do fruto. Com o
Decreto Estadual 326/12 estabeleceu-se normas para cadastramento de batedores
artesanais e padrões para instalação e processamento do açaí e da bacaba. Junto
a isso, foi desenvolvimento um equipamento chamado tanque de branqueamento, que
utiliza alta temperatura para diminuir a carga microbiana, reduzindo a
possibilidade de contaminação pelo protozoário Trypanosoma cruzi, causador da
doença de Chagas.
“O batedor artesanal deve seguir o
decreto estadual que determina algumas etapas higiênico-sanitárias, como o
peneiramento, a catação, as lavagens e o branqueamento. Nesta última etapa, o
fruto é mergulhado em água a 80 graus centígrados por dez segundos e, em
seguida, se faz o resfriamento, mergulhando-o em água fria, de preferência
filtrada. Após isso, é feito o despolpamento e o envase do açaí para se evitar
o acúmulo de bactérias”, explicou Camila.
Selo - A Sesma distribuiu o Selo “Açaí
Bom”, que certifica o comerciante que realiza todas as boas práticas de
manipulação, além de estar em dia com as licenças de funcionamento. Ao todo,
138 estabelecimentos possuem o selo. Para adquiri-lo é necessário ter a Licença
de Funcionamento e entrar em contato com a Casa do Açaí para se cadastrar no
processo de qualificação.
Após a entrega do selo, a Vigilância
Sanitária acompanha os estabelecimentos selados para averiguar se realmente
estão manipulando o fruto dentro do padrão exigido. “O estabelecimento que
possui o selo vende mais, pois se torna uma referência de qualidade para o
consumidor”, destaca a gerente.
Para mais informações sobre como obter o
selo “Açaí Bom”, batedores devem ligar para a Casa do Açaí, que atende no
número (91) 3236-1138.