Em tempo de pandemia, com o isolamento
social e as pessoas ficando mais tempo em casa, há uma tendência de aumento no
consumo de energia elétrica – e sem a adoção de uma fonte alternativa de
energia, como a solar, não há como se livrar da incômoda conta de luz mensal.
Além disso, a tarifa de energia dos paraenses ficará mais cara, com um reajuste
médio de 2,68%, aprovado já para o mês de agosto.
Felizmente, há boas práticas que ajudam
a mitigar os danos, minimizar o consumo e consequentemente baixar o preço final
da conta. Segundo Ademar Vargas, engenheiro eletricista e coordenador dos
cursos de Engenharia da Faculdade Pitágoras de Altamira, o chuveiro elétrico e
o ar condicionado são os maiores vilões das contas. “Uma má utilização desses
equipamentos pode causar um prejuízo mensal enorme no orçamento. Portanto, o
que seria uma boa utilização? Banhos mais rápidos e na temperatura
intermediária; além da correta utilização do ar condicionado podem fazer uma
enorme diferença no final do mês", explica.
Confira outras dicas:
Ar condicionado
·
Manter limpos os filtros para evitar um trabalho maior do ar em manter a
temperatura;
·
Usar por menos tempo diariamente, preferindo o ventilador que tem um
consumo dez vezes menor. E, quando usar, ligar em uma temperatura não muito
baixa;
·
Quando ligado, manter o ambiente fechado para evitar o desperdício. E
quando desligado, manter o ambiente protegido do sol para que, quando for
ligado, não encontre uma temperatura muito alta, tendo que trabalhar mais para
baixar.
Outros equipamentos
Outras práticas são mais conhecidas,
como não deixar a porta da geladeira aberta, lavar o máximo de roupas por vez
na máquina de lavar, não usar o ferro elétrico excessivamente e tirar os
equipamentos da tomada não os deixando por muito tempo no modo stand-by.
Lâmpadas
Outro caminho para a economia é a troca
de lâmpadas incandescentes e fluorescentes por lâmpadas de LED. Uma lâmpada de
LED de 10W equivale a uma fluorescente de 20W e uma incandescente de 68W.
Supondo que a lâmpada fique acesa em média seis horas por dia, cinco lâmpadas
de LED trariam um custo mensal de R$ 8, enquanto a fluorescente custaria R$ 16
e a incandescente R$ 108. Ou seja, a troca por lâmpadas de LED passa a ser uma
excelente opção quando usada da forma correta: apenas quando necessário,
desligando quando sair do ambiente, evitando assim o desperdício.
Cuidado na aquisição de novos
eletrodomésticos
Se comprar outros equipamentos,
eletrodomésticos em geral, o ideal é dar preferência aos que possuem o selo
Procel, que classifica os equipamentos em indicadores de E ao A, destacando
quais são os modelos que consomem menos energia.
Instalação elétrica
E, por fim, um vilão invisível é a
instalação elétrica, que geralmente é concebida sem seguir os corretos
procedimentos recomendados pelas normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), provocando assim um gasto invisível aos olhos, mas não aos
medidores de energia. Portanto, considerar uma visita de um profissional
habilitado para verificar o correto dimensionamento dos condutores e circuitos,
bem como a conservação dos eletrodutos embutidos, também pode ajudar bastante.