O saldo entre empresas criadas e
encerradas no Pará, em 2018, foi negativo. De acordo com o estudo Demografia
das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, divulgado pelo IBGE,
enquanto 12,8 mil começaram o negócio, 14,2 mil companhias encerraram suas
atividades naquele ano, gerando saldo de menos 1,4 mil empresas. A taxa de
saída no estado do Pará (20,8%) superou a taxa observada na região Norte
(19,2%) e no Brasil como um todo (17,2%).
A pesquisa analisa a dinâmica
empresarial através de indicadores de entrada, saída, reentrada e sobrevivência
das empresas no mercado, pessoal ocupado assalariado, estatísticas das empresas
de alto crescimento e gazelas, além de indicadores relativos às unidades locais
das empresas e atividades. O levantamento considera somente as entidades
empresariais, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs), órgãos da
administração pública, entidades sem fins lucrativos e as organizações
internacionais que atuam no país.
Em 2018, o Cadastro Central de Empresas
(Cempre) somava um total de 68,8 mil empresas ativas no estado, que ocupavam
616 mil pessoas assalariadas. A taxa de sobrevivência das empresas ativas no
Pará foi de 81,3%, o que representa um total de 56 mil empresas sobreviventes
(ativas há mais de um ano desde a pesquisa).
O Norte destacou-se pelo dinamismo nas
taxas de entrada e saída das empresas, apresentando as maiores taxas de entrada
(19%) e saída (19,6%) observadas nas grandes regiões.
No Pará, os dados indicam que a partir
do quinto ano de vida as empresas passam a ter dificuldades para sobreviver.
Segundo os anos de obervação da pesquisa, no primeiro ano de criação a taxa de
sobrevivência das empresas é de 75,8%; já no décimo ano essa taxa cai para
20,1%.
No município de Belém, as atividades que
mais se destacaram de forma positiva, apresentando as maiores taxas de entrada,
foram Administração pública, defesa e seguridade social (60%); Artes, cultura,
esportes e recreação (25,9%); Informação e comunicação (25,2%). Por outro lado,
as que se destacaram de forma negativa, com altas taxas de saída, foram
Indústrias extrativas (34,1%); Construção (30,1%); Atividades imobiliárias
(22,5%).
O estudo observou também uma interrupção
na queda do número de empresas com alto crescimento, que caía desde 2012,
registrando a sua maior queda em 2017, em que havia 871 empresas com esse
status. Já em 2018, depois de cinco anos seguidos de queda, o crescimento do
indicador foi retomado, subindo para 975 o número de empresas com alto
crescimento.
Já as chamadas empresas “gazelas”, que
têm até cinco anos de idade, representaram um total de 105 unidades. São
empresas que empregaram 3,8 mil pessoas e pagaram R$ 81,1 mil em salários e
outras remunerações, o equivalente a um salário médio mensal de 1,8 salário
mínimo.