A sigla ESG, que vem do inglês
Environmental, Social and Governance, ou seja, Ambiental, Social e Governança
(ASG, em português), é apontada pelo mercado como uma das principais tendências
para 2021. Se essas três letrinhas ainda não fazem parte do seu mundo, melhor
começar a rever. As três palavras fazem referência aos principais fatores que
medem o índice de sustentabilidade e impacto social de uma empresa. E, mais do
que nunca, precisam ser compreendidas por todos nós que vivemos na Amazônia.
“Temos um foco importante no desenvolvimento territorial. Nosso propósito é impulsionar o ecossistema de produção e inovação da Amazônia, gerando valor compartilhado e viabilizando o uso sustentável de recursos naturais, através da educação empreendedora e do fomento a negócios e investimentos de impacto”, explica José Matos, mestre em sociologia e especialista em sustentabilidade e desenvolvimento territorial, ex-gestor de relações institucionais do Ecoparque da Natura, em Benevides.
EMPREENDEDORISMO NA FLORESTA
A Via Floresta se propõe a fomentar empreendedorismo e o desenvolvimento territorial sustentável, com apoio de tecnologias e métodos inovadores que transformem desafios locais em oportunidades. E, com isso, ajudar a construir novas experiências econômicas na floresta amazônica e outros biomas ameaçados no mundo. “O objetivo é conectar empresas e comunidades, buscando contribuir para um novo pacto global com base na governança social e ambiental e na execução de modelos onde as comunidades locais, através de parcerias estratégicas sejam protagonistas da sua transformação”, explica Matos.
APLICATIVO PARA CRIAR CONEXÕES
A próxima novidade do hub será o aplicativo Via Floresta, que está sendo desenvolvido para que o usuário possa pesquisar produtos e serviços da biodiversidade brasileira. A plataforma também virá com um mapa interativo que indicará as localidades que melhor produzem os produtos que o internauta procura. Além disso, o app oferecerá conteúdos informativos e experiências amazônicas sensoriais.
Tudo isso servirá para conectar
empresas, projetos e pequenas comunidades, favorecendo a sustentabilidade dos
negócios e o desenvolvimento territorial.
As soluções do hub focam em inovação e
tecnologia, cadeias de valor, desenvolvimento comunitário e territorial,
educação empreendedora e apoio à gestão pública. Na prática, a Via Floresta
desenvolve e aplica estudos que agreguem à governança social e ambiental;
elabora estratégias para promover inserção competitiva, realiza o diálogo com
as comunidades (de entornos, tradicionais, familiares, etc); acelera o
letramento empreendedor e mapeia a elaboração de projetos de captação de
recursos, bem como editais, leis de incentivo, entre outros.
O programa Letramento Empreendedor tem
como objetivo formar pessoas para que desenvolvam uma mente empreendedora e
gerem oportunidades de negócios, produzindo informações qualificadas sobre os
potenciais de onde vivem e fazendo com que construam caminhos para o
desenvolvimento territorial.