Quarenta médicos graduados fora do Brasil receberam hoje (12) diplomas revalidados pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), após um processo iniciado em outubro de 2020, com o lançamento do edital de revalidação de diplomas do curso de Medicina pela instituição. A cerimônia, em formato híbrido, foi transmitida a partir da sala de reunião do Conselho Universitário (Consun), onde estiveram presentes o reitor Rubens Cardoso, a pró-reitora de Graduação, Ana da Conceição Oliveira e a diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Vera Palácios. O governador Helder Barbalho também participou da solenidade de forma remota, por meio de acesso on-line à reunião realizada no Google Meet.
Vinte e cinco médicos também puderam assistir a cerimônia no Auditório da Reitoria da Universidade. Além de celebrar o momento de entrega dos diplomas, o evento também marcou uma iniciativa pioneira da Uepa, ao ser a primeira instituição de ensino da região Norte a assumir a realização do processo de revalidação de diplomas de Medicina obtidos em graduações cursadas no exterior.
Em seu pronunciamento, Rubens Cardoso
relembrou ações da Uepa ao longo do último ano para o combate à pandemia, entre
elas, a antecipação de diplomas a 150 concluintes do curso de Medicina, que em
2021 completa 50 anos. O reitor afirmou ainda que para "nós, operadores da
educação, em entidade pública como a nossa e em um estado continental, é muito
gratificante um momento desse. Ficamos felizes e almejamos que os profissionais
desenvolvam suas atividades com uma base legal e se espalhem pelo nosso estado,
porque nós precisamos". O reitor também adiantou que Uepa deverá instituir
uma Comissão Permanente de Revalidação para fazer o processo seletivo
anualmente.
Na condição de chanceler da Universidade, o governador do Pará, saudou os brasileiros que estudaram em universidades do exterior e os demais profissionais que escolheram o território brasileiro para prosseguir na profissão. "Hoje nós estamos cumprindo uma parte da estratégia concebida pela Uepa, no sentido de podermos ampliar a oferta de profissionais de medicina em nosso estado e em nosso país", afirmou Helder.
"É fato que ao tempo quem esta
pandemia tomou de surpresa a humanidade, ainda mais se valorizou o trabalho dos
profissionais da medicina e estes demonstraram a sua doação e comportamentos
sobrenaturais para garantir a atenção à rede clínica, na rede hospitalar, e
mesmo com todos os esforços se demonstrou a demanda por mais mão de obra. A
partir disso, nós discutimos a necessidade da Uepa acolher profissionais que
iniciaram sua escolha pela medicina em universidade fora do BrasIl e que os
mesmos pudessem ter a oportunidade de demostrar sua competência e talento, e de
se dispor ao processo de revalidação curricular, e a Uepa, demonstrando a sua
qualidade, o seu espírito de vanguarda e seu protagonismo imediatamente se
colocou dentro deste processo e hoje nós fechamos este ciclo".
"O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) não aplicava a prova do Revalida desde 2017, daí a gente estava meio sem expectativa. Durante o ano de 2020 eu fiquei estudando, me preparando para um possível edital. Foi quando a Uepa lançou a Revalidação quase junto com a do Inep, então eu decidi me inscrever nos dois, sendo que a Uepa teve muita celeridade, foi um processo muito bem feito, rigoroso, transparente e já concluído, enquanto que o do Inep ainda não tem nem prazo para terminar", relatou Marlon.
Após o resultado divulgado no último dia
4, outro médico sul-mato-grossense que respirou aliviado foi Vinicius Carvalho
Pacheco Félix. Natural de Campo Grande ele também cursou a graduação em
Medicina no Paraguai e conta que o lançamento da Revalidação pela Uepa surgiu
como uma oportunidade. Por isso se inscreveu assim que o edital foi publicado.
Mas, afirma que o processo foi bem difícil.
Devidamente habilitados para atuar como médicos Brasil, Marlon e Vinícius afirmam estarem abertos a oportunidade de emprego no Pará, principalmente no contexto pandêmico, onde há localidades que ainda necessitam de profissionais da saúde para atuarem. Dos 330 médicos que confirmaram as inscrições na Revalidação feita pela Uepa, os 40 aprovados são de seis nacionalidades diferentes, sendo 25 brasileiros e 11 cubanos.