Pará Food Export: Empresários já pensam na exportação




 
Produtos da empresa Manioca, que fornece matéria-prima paraense para outros restaurantes - Divulgação
 
A mineração ainda é “a menina dos olhos” quando se fala em exportação no estado do Pará. Mas, isso pode mudar. Ou melhor, já está mudando e o segmento de alimentos e bebidas tem grandes chances de ser o futuro das exportações. Um grupo de empresários do ramo de alimentos e bebidas lançou recentemente o Pará Food Export, na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Mineração e Energia – Sedeme. Eles buscam, de forma cooperada, acessar os mercados nacional e internacional. O Pará Food Export surgiu de um projeto elaborado pelas empresas Camta, Bioecobrazil, Frutali, Petruz, Água da Amazônia, Mariza Alimentos e Manioca; indústrias alimentícias que viram na internacionalização de produtos e marcas patenteadas uma grande oportunidade para alavancar seus negócios e incentivar o novo conceito de verticalização produtiva industrial do estado.

Segundo o vice-presidente da Fiepa, e presidente do Centro das Indústrias do Pará (CIP), José Maria Mendonça, a entidade aprova a iniciativa e está pronta para apoiar as soluções que trabalham o crescimento do setor. O gerente de Novos Negócios da empresa Mariza Alimentos, André Guedes, que representou o grupo Pará Food Export, disse que “as empresas envolvidas precisam aproveitar o boom de valorização da culinária da Amazônia. A marca Amazônia gera interesse no mundo todo”. 


Campanha promovida pelo Instituto Paulo Martins
A empresa Manioca, que tem parceria com o Instituto Paulo Martins, fornece matéria-prima para outros restaurantes. São produtos sem nenhum aditivo químico, verdadeiramente naturais e artesanais. “A gente descobriu um produto que é um tucupi preto. É um ingrediente, como o tucupi amarelo, de uma técnica indígena, que é uma etapa posterior. 

Esse produto, ninguém no Pará conhecia, talvez nem nas tribos locais. A gente descobriu com uma moça, neta de indígenas, que a avó dela fazia para conservar carne. E um produto com potencial enorme, não é invenção de ninguém, e foi lançado com inovação”, disse Joanna Martins, diretora executiva do Instituto Paulo Martins. 

Além do tucupi preto, a cartela de produtos da Manioca é composta de doce de cupuaçu, açúcar aromatizado com cumaru, azeite aromatizado com pimenta de cheiro, licor de flor de jambu, geleias de pimenta, jambu, priprioca, açaí e taperebá.



Reportagem especial Celso Freire
OBS: Essa é a segunda de uma série de três reportagens sobre a Indústria da Culinária Paraense