O câncer de mama atinge cerca de
58 mil mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer - INCA1. No
caso das sulistas, 25% são acometidas pela doença, quase um quarto da
população. A fim de prevenir, os principais institutos de oncologia do país
elegeram fatores de risco a serem evitados, tais como o álcool, vida sedentária
e obesidade, entre outros. Esse alerta pode ajudar a reduzir o número de
diagnósticos na fase metastática da doença, que é quando o tumor se espalha a
partir do lugar onde se inicia para outro local do corpo.
Entretanto, existem aqueles que
não possibilitam resguarda, os chamados fatores de risco não modificáveis.
Apesar de não afirmarem que a mulher terá câncer, ajudam a alertar as pessoas
nesses grupos para maior atenção aos sintomas e sinais do câncer de mama, como
a priorização do acompanhamento médico e realização de exames preventivos.
O INCA os classifica de duas
maneiras: Fatores endócrinos ou relativos à história reprodutiva e fatores
genéticos/hereditários2. Os fatores endócrinos são os causados por estímulos
produzidos pelo estrogênio (hormônios) como acontece na menstruação precoce, na
menopausa tardia, aquelas que têm a primeira gravidez após os 30 anos ou as que
não têm filhos. Os fatores hereditários estão relacionados à presença de
mutações em determinados genes transmitidos na família, especialmente BRCA1 e
BRCA2, como o caso da atriz Angelina Jolie, que retirou as mamas em 2013.
No entanto, o Instituto Oncoguia3
ainda adiciona mais alguns fatores de risco na lista dos itens que necessitam
de atenção. Mulheres acima de 55 anos têm mais chances de desenvolver câncer de
mama invasivo. Do ponto de vista étnico, no geral, as mulheres caucasianas têm
mais tendência a desenvolver câncer de mama do que as negras. Porém, em
mulheres com menos de 45 anos, a doença é mais incidente em negras. Outro fator
que merece atenção são as mamas densas. Além disso, outras doenças benignas da
mama, como nódulos ou lesões, podem estar relacionadas ao desenvolvimento de
tumores.
“Estar no grupo de risco é um
alerta para que a paciente seja a mais cuidadosa possível e evite os agravantes
modificáveis, mas não isenta as que não estão nele”, explica Maikol Kurahashi,
oncologista da Santa Casa de Curitiba. O câncer de mama é um tumor maligno que
mais acomete as mulheres em todo mundo. A doença se desenvolve nos seios e que caracteriza
por um crescimento rápido e desordenado de células. “As chances de cura do
câncer de mama chegam a 95% se for diagnostica precocemente”, diz o
especialista.
A cada 10 minutos, estima-se que
uma mulher seja diagnosticada com a doença. Segundo pesquisas, aproximadamente
50% das pacientes atendidas pelo serviço público descobrem a doença já em
estágios mais avançados, também conhecido como metastático4. “Os órgãos mais
frequentemente atingidos são: ossos, pulmões, fígado e cérebro”, explica o especialista.
Para o oncologista, o monitoramento precoce nessas mulheres pode evitar que o diagnostico seja feito apenas na fase avançada da doença. Atualmente, o câncer de mama metastático HER2 positivo, um dos mais agressivos entre os quatro subtipos da doença, representa de 20% dos casos de câncer de mama – ou seja, atinge aproximadamente 11 mil mulheres por ano, no Brasil.
Dr. Kurahashi esclarece, ainda, que as perspectivas da ciência trouxeram novas soluções contra o câncer de mama nas diferentes fases da doença. Na fase mais avançada da doença, a metastática, por exemplo, já existe alternativas de tratamento que controlam o tumor. Por meio das terapias-alvo, é possível atacar especificamente as células cancerígenas, impedindo a progressão da doença, proporcionando mais tempo e qualidade de vida às pacientes.
O monitoramento precoce pode ser
feito ao estimular a consulta anual ao médico com realização periódica da
mamografia, para mulheres a partir de 50 anos se não houver histórico familiar,
ou no aparecimento particular de qualquer sinal ou sintomas, ainda são
elementos fundamentais para diminuir o número de casos e impacto na vida das
mulheres.
Referência
1 – Site do Inca -
http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/sintese-de-resultados-comentarios.asp -
acessado em 13 de dezembro de 2016
acessado em 13 de dezembro de 2016
2- Site do INCA -
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/mama/fatores_de_risco_1 - acessado em 13 de dezembro de 2016
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/mama/fatores_de_risco_1 - acessado em 13 de dezembro de 2016
3 – Site Oncoguia -
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-de-mama/1411/31/ - acessado em 13 de dezembro de 2016
4 - Dados do TCU de 2011 em
http://www.sbradioterapia.com.br/pdfs/relatorio-tribuna-contas-uniao.pdf.-
acessado em janeiro de 2017