A 19ª Campanha de Vacinação
contra a Influenza iniciou no dia 17 de abril e teria um prazo para terminar
nesta sexta-feira, 26. No entanto, a Secretaria de Estado de Saúde Pública
(Sespa) decidiu prorrogar a campanha no Pará até 09 de junho, para que os
municípios consigam fazer com o que o Estado atinja a meta mínima de 90% de
vacinados.
No chamado vacinômetro, o internauta pode consultar o número de pessoas
vacinadas e classificadas entre os grupos prioritários. Pelos dados, 52% da
meta foi atingida no Pará. Esse percentual cresce a todo momento na medida em
que os municípios forem lançando as doses no sistema on line mantido pelo PNI.
Em nível nacional, a campanha já ultrapassou os 58%.
Segundo informe técnico da
Divisão de Imunizações da Sespa, o Programa Nacional de Imunização (PNI) do
Ministério da Saúde enviou ao Estado 1.863.160 milhão de doses da vacina, que
já foram distribuídas pela Sespa aos 13 Centros Regionais de Saúde, os quais
repassaram as doses aos municípios - que são, na prática, executores da ação.
A recomendação é que devem ser
imunizados os que estiverem nos grupos mais vulneráveis às gripes, como as
grávidas em qualquer período gestacional, crianças com idade entre seis meses e
menores de 5 anos, trabalhadores de saúde das áreas pública e privada, pessoas
com mais de 60 anos, povos indígenas aldeados, adolescentes e jovens de 12 a 21
anos que cumprem medidas socioeducativas e detentos, além de funcionários do
sistema penitenciário.
Também devem ser vacinadas as
mulheres que tiveram bebês até 45 dias, as denominadas puérperas, e os que
possuem comorbidades comprovadas por laudo médico, como doenças crônicas
respiratórias, do coração, com baixa imunidade, entre outras. A novidade da campanha de 2017 inclui a
vacinação dos professores, tanto da rede pública e privada, dos níveis fundamental,
médio e superior. “Esta ação tem como objetivo reduzir o risco da influenza
para outras pessoas na escola”, recomenda a nota técnica da Sespa.
Como ocorre em toda campanha, os
municípios são responsáveis pela aplicação das vacinas, ou seja, cada
Secretaria Municipal de Saúde tem livre arbítrio para executar a estratégia de
vacinação para o público indicado a receber a dose. De um modo geral, as doses
estão disponíveis em qualquer Unidade Básica de Saúde, nas salas das
Estratégias de Saúde da Família e em outros locais definidos pelas gestões
municipais.
Conforme explica a nota técnica,
a vacina em questão é importante porque evita algumas complicações causadas
pelo vírus influenza, como pneumonia e doenças cardíacas. Assim, ao tomar a
vacina, a pessoa não se protege apenas contra a gripe, mas evita quadros mais
graves relacionados com hospitalização e morte.
O informe também lembra que a
vacina só é contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática
prévia em doses anteriores ou que tenham alergia grave a ovo de galinha e seus
derivados. Outra recomendação importante do Ministério da Saúde: as pessoas que tomaram vacina no ano passado,
devem repetir o esquema esse ano, pois a ação da vacina contra a gripe leva
duas semanas para funcionar e dura cerca de 9 meses. A reaplicação é necessária
porque a vacina oferecida em 2017 é diferente e resguarda o organismo contra
outras mutações do vírus.
Orientadora da campanha no Pará,
a Sespa recomenda que os profissionais das secretarias municipais de Saúde se
empenhem em convencer a população a aderir à vacinação. No Estado são 2.300
postos de vacinação fixos, além de 340 volantes e 75 fluviais, com 20.350
pessoas envolvidas, incluindo 2.010 equipes de vacinação. A campanha tem
envolvido 550 carros, 25 barcos, 12 voadeiras e 25 motocicletas.