Índice de infestação do mosquito Aedes aegypti cai em Belém



O terceiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) realizado pela Secretaria Municipal de Saúde  em 2017 apontou uma redução no índice de infestação predial (IIP) do mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. O IIP fechou em 1,8% em maio. Em janeiro, o índice foi de 2,6%, já em março, o indicador foi de 2,1%.

Este número menor de índice de infestação também significa menos pessoas doentes, como mostra o comparativo de casos de dengue no período de janeiro a abril: neste ano de 2017 há 48 casos confirmados. No ano de 2016 haviam 458 casos confirmados. “Essa redução estar ocorrendo justamente no período de maior incidência da doença, significa um avanço para a saúde pública do município”, avalia Leila Flores, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Sesma.

O resultado deste levantamento também revelou os bairros com índices de infestações mais altos como o Umarizal, alguns bairros do Distrito de Mosqueiro (Mangueiras, Vila, Aeroporto, Praia Grande, Farol, Maracajá) Jurunas, Guamá, Marco e Sacramenta. O LIRAa é realizado em todos os 71 bairros da capital no início de cada bimestre (Janeiro, Março, Maio, Julho, Setembro e Novembro).

Os principais tipos de criadouros encontrados neste levantamento são recipientes plásticos, garrafas e latas com água, sucatas em pátios, ferros-velhos e recicladoras. "Estamos conscientizando os munícipes a mudança de atitude contra os pontos de vulnerabilidade domiciliar e para a importância da pesquisa do LIRAa, a fim de reduzir o índice de presença do vetor Aedes em cada bairro do nosso território.  A ação é fundamental para que a gestão municipal de saúde possa planejar e executar as ações de combate ao vetor em conjunto com a sua comunidade, durante o ano todo", avalia a chefia da Divisão de Controle de Endemias (DCE/DEVS), do Departamento de Vigilância a Saúde, David Vale.

Redução Nacional- Com esta redução, Belém segue o caminho nacional de diminuição dos casos de doenças transmitidas pelo aedes, como anunciado pelo Ministério da Saúde, na última semana, retirando o Brasil de alerta para o zika vírus.

De acordo com o boletim epidemiológico elaborado pelo Ministério da Saúde, os primeiros meses de 2017, até o dia 15 de abril, o país registrou 113.381 casos suspeitos de dengue, 43.010 de chikungunya e 7.911 de zika. . Somadas, as doenças tiveram uma redução de quase 90 % no número de casos em comparação ao mesmo período de 2016.