Polícia Civil deflagra operação de combate à corrupção em Curuçá




A Polícia Civil deflagrou a primeira fase da operação “Companheiro” com objetivo de combater a corrupção na administração pública do município de Curuçá, nordeste paraense. A operação é resultado de investigações sobre desvios de recursos públicos. Mais de 60 documentos subtraídos da Prefeitura foram recuperados e apreendidos durante a operação. A operação foi coordenada por policiais civis da Delegacia de Repressão a Defraudações Públicas (DRDP), unidade policial vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). Nessa fase da operação, explica o delegado Carlos Eduardo Vieira, titular da DRDP/DRCO, a equipe policial deu cumprimento a medidas cautelares determinadas pela Justiça da Comarca de Curuçá, dentre as quais, mandados de busca e apreensão e conduções.

Na sede da empresa Campasa foram encontrados diversos documentos da Prefeitura no mandato de 2008 a 2012, do então prefeito Fernando Cruz. Até o final da manhã, foram apreendidas 66 caixas com documentos, que são objetos de alguns crimes e elementos de prova de outros. O delegado explica que, além do crime de subtração de documentos, as investigações estão centradas em apurar crimes de desvios de recursos públicos.

"Esses fatos foram trazidos ao conhecimento da Delegacia por meio do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) em que várias transferências bancárias suspeitas foram relatadas. Nelas, pessoas ligadas aos gestores municipais teriam se locupletado indevidamente com recursos da Prefeitura", detalha.

O delegado ressalta que o crime teria sido cometido por meio de transações financeiras entre contas da Prefeitura e de algumas empresas que supostamente prestavam serviços ao município repassado aos beneficiários. Durante a operação no município, algumas pessoas foram ouvidas em depoimento no inquérito para prestar esclarecimento e outras pessoas foram intimadas a comparecer à DRDP para serem ouvidas.

A movimentação suspeita de recursos públicos foi relatada pelo COAF em duas frentes. "Uma delas utilizava a empresa de beneficiamento de pescados Campasa e a outra usava a Associação Agropesqueira do município de Curuçá", segundo relata o delegado Vieira. As investigações prosseguem.

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