A determinação
do Superior Tribunal de Justiça à Polícia Militar para dar apoio policial ao
cumprimento de mandado de reintegração de posse das Fazendas Cedro e Fortaleza,
no sudeste do estado, foi finalizada no final da tarde desta quarta-feira (29),
de forma pacífica e sem qualquer registro de tumulto.
Expedida pelo
Juiz da 3 Região Agrária de Marabá, Amarildo José Mazutti, a operação de
reintegração iniciou na segunda-feira, 27, e contou com a participação de 100
policiais militares do Comando de Missões Especiais, militares do Comando de
Policiamento Regional II e reforço do Grupamento Tático Operacional dos
municípios de Marabá e Parauapebas.
Teve também a
parceria com o Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), Corpo de
Bombeiros, Centro de Perícias Renato Chaves, Tribunal de Justiça do Estado,
Polícia Rodoviária Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra) e Polícia Civil, via Delegacia de Conflitos Agrários.
As fazendas
Cedro e Fortaleza, localizadas às margens da BR-155, em Eldorado dos Carajás,
sudeste do Pará, estavam ocupadas por 250 famílias desde 2008. Os terrenos
fazem parte do grupo Agropecuário Santa Bárbara.
"A gente
tem que agradecer ao Comando e a todos vocês pela operação que transcorreu
super bem. Nestes três dias aprendemos bastante coisas e vimos o quanto o CME
está preparado para este tipo de operação. Estamos felizes por retomar o
patrimônio da empresa. Quem passar por aqui verá uma fazenda super produtiva.
Esse é um marco na história da Companhia", disse Cleyton Custódio,
presidente do Grupo Santa Bárbara.
Nesta
terça-feira, policiais militares distribuíram água e almoço aos ocupantes que
ainda estavam em processo de mudança. Este grupo de moradores do acampamento
Helenira Rezende teve sua segurança resguardada por três equipes do Regimento
de Polícia Montada (RPMON) que passaram a noite no terreno.
"O sucesso
da operação aconteceu por conta da receptividade com que a tropa do CME, bem
instruída, dedicada e capacitada, foi recebida pelos ocupantes. Além disso,
foram feitas várias reuniões de instrução na justiça, reunião de desocupação e
assim o juiz conseguiu convencer as lideranças a deixarem o terreno",
afirmou o tenente coronel Sérgio Ricardo Neves, subcomandante de missões
especiais.