Cada vez mais, os brasileiros têm se
rendido ao famoso ‘Amigo Secreto’, também conhecido como ‘Amigo Oculto’, para
comemorar as festas de fim de ano. Um levantamento feito em todas as capitais
pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que, este ano, 42% dos consumidores que
vão presentear no Natal devem aderir à brincadeira — um aumento de 9 pontos
percentuais em relação a 2018. Com isso, a previsão é de que cerca de R$ 7,5
bilhões sejam injetados na economia.
Estima-se ainda que 66,3 milhões de
pessoas participem de pelo menos algum `Amigo Secreto´ no trabalho ou na
família. As principais motivações apontadas pelos entrevistados foram o fato de
gostar desse tipo de celebração (59%) e considerar a brincadeira uma boa
maneira de se economizar com presentes (36%). Há ainda aqueles que, apesar de
entrar na brincadeira, sinalizaram não gostar desse tipo de comemoração: 12% disseram
que participam para não serem vistos como antissociais.
Praticamente metade (49%) dos
entrevistados pretendem participar de apenas um evento e outros 39% de dois. Em
média, os consumidores pretendem participar de quase dois eventos de amigo
secreto. A maioria (72%) realizará a brincadeira entre os familiares, seguidos
daqueles que farão o amigo secreto entre amigos (38%) e colegas de trabalho
(29%).
Em média, os consumidores ouvidos
pretendem gastar R$ 67,70 com cada presente, sendo que 44% planejam desembolsar
até R$ 50,00 — o que aumenta para 53% entre as mulheres e 49% nas classes C e
D. “O amigo secreto parece nunca sair de moda entre os brasileiros. É uma
brincadeira democrática e uma ótima alternativa em tempos de orçamento
apertado”, explica o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.
Aqueles que optaram por ficar de fora
desse tipo de evento somam 40% dos entrevistados, ao passo que 17% ainda não
decidiram. Considerando os que não participarão desse tipo de confraternização,
48% garantem não gostar da brincadeira. Outros 35% disseram que parentes,
amigos e colegas de trabalho não têm costume de fazer `Amigo Secreto´ e 17%
alegam não ter dinheiro.
Apesar de a brincadeira ter seu lado
positivo, Vignoli alerta para os cuidados com orçamento. “O que à primeira
vista parece vantajoso, pode ficar caro se o consumidor decidir entrar em todos
os amigos secretos do seu círculo de convivência. A dica é participar apenas de
comemorações em que o preço é estipulado com antecedência. Também vale analisar
se esse dinheiro não fará falta no fim do mês, comprometendo assim o pagamento
das contas”, orienta.