Sespa explica quando o cidadão deve procurar uma Unidade de Saúde

Crédito: Bruno Cecim / Ag.Pará



A Secretaria de Saúde do Pará informa ao cidadão que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) são o primeiro lugar que se deve procurar caso tenha algum sintoma do novo coranavírus e pede que sejam evitadas as procuras por emergências (como hospitais, prontos-socorros e UPAs), deixando-as livres apenas para os casos mais graves, ou para aquelas pessoas pertencentes aos grupos de risco, que são os idosos a partir de 60 anos e os portadores de doenças crônicas graves e imunodeprimidos, como pacientes que passam por quimioterapia, hipertensos e outras doenças do coração e diabéticos.

O titular da Sespa, Alberto Beltrame, orienta à população que continue adotando as recomendações de evitar aglomerações, reforçando a higiene pessoal e a ventilação das casas. Ele também orienta pessoas que apresentam sintomas de gripe. "Aqueles que tiverem sinais mais brandos podem ficar em casa ou procurar uma Unidade Básica de Saúde. Para aqueles com sinais mais graves, este é o momento de buscar atendimento especializado em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou atendimento hospitalar de urgência", enfatiza.

De acordo com a Sespa, as Unidades Básicas estão capacitadas para fazer o atendimento de todas as pessoas para prestar orientações, tratar e coletar amostras para esclarecimento e diagnóstico, sendo caso suspeito ou não de Coronavírus. Os casos leves e moderados serão acompanhados pelas unidades básicas por meio das equipes de saúde da família.

Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, o coronavírus (SARS-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença.

Os principais são sintomas conhecidos até o momento são:

Febre;
Tosse;
Dificuldade para respirar.
Estudos indicam que 90% dos casos de Covid-19 são leves, semelhantes a um resfriado ou uma gripe. Nos casos leves e moderados de Coronavírus, a infecção apresenta manifestações clínicas parecidas com as de outros vírus. Dessa forma, nesses casos de novo coronavírus é indicado:

Repouso;
Hidratação (ingestão de bastante água e líquidos);
Medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como: uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos); uso de umidificador no quarto; tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse.
Pacientes que tenham seu quadro agradavado, o médico avaliará se há necessidade de internação hospitalar ou não.

O diagnóstico é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou coleta de secreções da boca e nariz). O procedimento deve ser realizado para todos os casos suspeitos que atendam os critérios determinados pelo Ministério da Saúde.

Caso comunicado no sistema de monitoramento do Ministério da Saúde, abastecido diretamente pelas prefeituras. Pacientes com febre e pelo menos um sintoma respiratório, como tosse, dificuldade para respirar. Além disso, é necessário histórico de viagem em área de transmissão local, de acordo com a OMS ou Ministério da Saúde, nos últimos 14 dias anteriormente ao aparecimento de sintomas.

Os casos suspeitos têm sido mantidos em isolamento domiciliar, que é uma conduta prevista pelo Ministério da Saúde e que pode ser indicada pelo médico, a depender da condição clínica do paciente. Consiste basicamente em manter a restrição de contatos com pessoas e ambientes externos, para evitar a circulação do vírus.

"É importante dizer que o momento em que se confirmar um caso aqui não é motivo para pânico, alarde ou mudança nos planos que já definimos até aqui. Até hoje, no Brasil, a maioria dos casos é tratado em isolamento domiciliar e pode ser acompanhado por profissionais de saúde da família", reforça Alberto Beltrame.