O Governo do Pará instituiu, em edição
extra do Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (8), a ação 'Atende
em Casa - Covid 19', programa de estágio curricular supervisionado para alunos
dos dois últimos anos do curso de Medicina. É uma espécie de triagem
eletrônica, ou seja, pacientes suspeitos poderão utilizar uma plataforma
digital ou telefone para informar sintomas, obter informações e sanar dúvidas
sobre procedimentos para tratar a Covid-19.
A ação será coordenada pela Casa Civil,
em parceria com a Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado
do Pará (Prodepa), disponibilizando um sistema de perguntas e respostas, que ao
final, recomendará as providências a serem tomadas pelo paciente, diminuindo a
sobrecarga nas unidades de saúde.
"É fundamental para auxiliar as
pessoas que tem dúvidas. Elas vão ter como acessar o sistema, podendo ser
atendidas por estudantes de medicina treinados para tirar dúvidas sobre os
sintomas. Eles não prescreverão medicamentos, mas evitarão que o paciente
procure uma unidade de saúde sem necessidade", informou Maria Betânia Fidalgo,
presidente do Conselho Estadual de Educação e coordenadora da ação.
A partir de segunda-feira (11), as
Instituições de Ensino Superior (IES) que ofertam a graduação em Medicina
poderão manifestar interesse em integrar a ação às atividades curriculares de
alunos que estejam estudando nos dois últimos anos do curso, sob supervisão de
professores. Os procedimentos de adesão, de habilitação e de cadastramento
estão previstos no edital também disponível na edição suplementar do DOE. O
site chamamentoatendeemcasa.pa.gov.br receberá as inscrições a partir das 12h
de segunda.
Mapeamento - Além de oferecer
atendimento ao cidadão, o estado terá uma ferramenta de mapeamento dos casos. O
sistema terá uma área para acesso do cidadão e outra administrativa. O cidadão
poderá se identificar e informar dados de domicílio, e depois responder
questões sobre sintomas, possibilitando a classificação do paciente conforme o
grau de risco. O sistema da Prodepa prevê, além do questionário, atendimento
por videochamada ou teleconsulta.
"Se for necessário - e sob
supervisão - o estudante vai recomendar que o paciente se dirija a uma unidade
de saúde mais próxima da casa dele para dar continuidade ao tratamento. Com
isso, o governo também vai conseguir mapear os casos críticos no estado, terá
um painel para acompanhar o cidadão, além de saber idade, sexo, comorbidades e
incidência dos principais sintomas no próprio sistema", explicou Gustavo
Costa, diretor de Desenvolvimento de Sistemas da Prodepa.