Em transmissão ao vivo nesta sexta-feira
(18), pelas redes de comunicação do Governo do Pará, o governador Helder
Barbalho atualizou os números e as medidas referentes à pandemia de Covid-19 em
todo o Estado. São 80.072 casos confirmados, 4.469 óbitos, 390 exames em
análise, 7.630 suspeitas descartadas e um número muito positivo, 66.918 pessoas
já recuperadas da doença. O governador se solidarizou com as famílias das
vítimas ao anunciar os números mais recentes da pandemia no Pará.
A atual conjuntura do sistema estadual
de saúde mostra os esforços para o enfrentamento à epidemia. Em março, no
início da confirmação de casos no Estado, eram apenas três o número de leitos
de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específicas para o tratamento de
pacientes com a nova doença. Hoje, a população conta com 701 leitos de UTI
totalmente equipados com respiradores, monitores paramétricos e bombas de infusão,
e 1.500 leitos clínicos distribuídos em todo o território paraense.
Outro reflexo positivo são as taxas de
ocupação desses leitos, que continuam diminuindo - 68,62% nas UTIs e 47,97% nos
clínicos - uma classificação que permite considerar que o Estado está
conseguindo controlar o avanço da Covid-19. Além disso, as estruturas que o
governo implementou para atender a população em todas as regiões continuam em
pleno funcionamento.
As policlínicas também são uma medida
estratégica e alcançam bons resultados. Mais de 30 municípios já receberam as
equipes médicas de saúde que levam um grande aparato de assistência à
população, incluindo consultas, exames de imagem, medicação e serviço de
assistência social. Mais de 50 mil pessoas já foram beneficiadas com o projeto,
em Belém e no interior.
Retoma Pará - O governador - que estava
acompanhado dos secretários de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e
Energia, Adler Silveira, e de Segurança Pública e Defesa Social, Wallame
Machado, e ainda do reitor da Universidade Federal Rural da Amazônia, Marcel
Botelho - esclareceu, mais uma vez, as alterações na retomada gradual de
algumas atividades dentro do Projeto Retoma Pará. Uma das mudanças é a respeito
das viagens em transportes coletivos interestaduais e intermunicipais,
rodoviário e fluvial, que estavam suspensas há cerca de três meses.
Após reunião com a categoria, que
apresentou um vasto protocolo de comportamento e higienização, o serviço foi
liberado parcialmente. A atividade, agora, passa a compor a lista de trabalhos
essenciais, sendo permitida em todas as bandeiras do "Retoma Pará".
No entanto, mesmo com a circulação
liberada tanto as empresas, quanto os prestadores de serviço e a população,
precisarão atender a algumas restrições. "A partir de hoje nós estamos
flexibilizando o retorno do transporte intermunicipal e interestadual no
Estado, seguindo um protocolo robusto, acordado entre o governo e a classe dos
donos da empresa de transporte. Inicialmente, este protocolo prevê uma taxa de
ocupação de 60% nos veículos e embarcações e, de acordo com novas avaliações
sobre o nível de contaminação, e a capacidade do sistema de saúde, essa
flexibilização irá aumentar de forma responsável e gradual", explicou
Adler Silveira, titular da Sedeme (Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Econômico, Mineração e Energia).
Bandeira laranja - Outra mudança é em
relação aos municípios do nordeste paraense, que passaram a integrar a Zona de
Controle I - a bandeira laranja -, que permite a retomada gradual de atividades
não essenciais em oito setores econômicos e sociais (concessionárias
escritórios, comércio de rua, shopping, salão de beleza, barbearias e afins,
indústria, construção civil e igrejas), seguindo protocolos específicos de
cuidados contra a Covid-19. Com isso, as 39 cidades que compõem a região,
incluindo as microrregiões do Rio Caetés e Metropolitana III, passam a seguir
as mesmas recomendações destinadas, anteriormente, às regiões Metropolitana de
Belém, do Marajó Oriental, do Baixo Tocantins e do Araguaia.
Durante o anúncio das atualizações,
Helder Barbalho mostrou sua preocupação com a diminuição da porcentagem de
isolamento social após o início do projeto de flexibilização. "Isto não
quer dizer que nós possamos virar a chave e ir para o 'libera geral'. Pelo
contrário. Isto é importante para demonstrar que há uma estabilização, que há
uma diminuição, graças a Deus, de óbitos, mas nós não podemos relaxar de
maneira alguma. Nós temos que continuar tendo responsabilidade. A minha
gratidão absoluta a toda sociedade paraense que tem feito um esforço
enorme", ressaltou o governador.
Mais reforços - O interior do Pará, onde
a situação está mais sensível atualmente, principalmente nas regiões Sul,
Sudeste e Oeste, continuará recebendo reforços para ofertar melhores condições
de atendimento aos pacientes. Hoje, mais cinco respiradores, com toda a
estrutura de Unidade de Terapia Intensiva, foram encaminhados ao Hospital de
Campanha de Marabá.
Outras 10 UTIs foram enviadas ao
município de Santarém, e "durante a semana nós vamos ampliar ainda mais as
ofertas destas duas regiões, porque o vírus claramente segue, seja para a
região oeste, seja para a região sudeste, e nós temos que estar presentes,
cuidando, ampliando a oferta de leitos, inclusive agindo nas tomadas de decisões
científicas que nos permitam balizar estas ações", reiterou o governador.