O governador Helder Barbalho atualizou,
nesta quinta-feira (9), o bandeiramento de regiões de saúde dando continuidade
às medidas do Programa Retoma Pará. A classificação de risco considera o nível
de contágio em paralelo à oferta de serviços de saúde, abrindo a possibilidade
de flexibilização de atividades econômicas.
Acompanhado do secretário de Estado de
Saúde Pública, delegado Rômulo Rodovalho; do coordenador do Programa Retoma
Pará, Adler Silveira; do reitor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra),
Marcel Botelho, e do secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social,
Ualame Machado, Helder informou a taxa de ocupação de leitos do sistema de
saúde estadual.
"Nesse momento, estamos com 39,9%
dos leitos clínicos e 60,26% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
ocupados. De maneira efetiva, temos 1.523 leitos clínicos - tendo disponíveis
914 vagas liberadas. Temos 702 leitos de UTI, sendo que 279 estão disponíveis.
Portanto, a condição do sistema de saúde nos permite ter tranquilidade para
atender toda a demanda e, acima de tudo, planejar as ações que compatibilizem
saúde com economia" - governador Helder Barbalho.
O chefe do executivo estadual reforçou o
tratamento específico a ser dado a cada região de saúde, considerando as peculiaridades
e a forma como a pandemia se comporta. "A realidade da região
metropolitana de Belém é diferente, por exemplo, de localidades a mais de mil
quilômetros de distância, como as regiões oeste ou sul do Pará", frisou.
Nova Classificação
A região do Tapajós sai da condição
vermelha (risco elevado) para laranja (risco médio). Durante o anúncio, o
governador informou que, nesta quinta, a cidade de Itaituba e mais seis
municípios do entorno recebem o Hospital Regional do Tapajós, que estará
incrementando, ao sistema de saúde, mais 164 leitos clínicos e de UTI.
A entrega repercute também na região do
Baixo Amazonas, desafogando o atendimento no Hospital Regional e do Hospital de
Campanha, ambos em Santarém. Com isso, a região também sai do bandeiramento
vermelho (risco elevado) para o laranja (risco médio).
Manutenção de Classificação
O bloco formado pelas regiões
Metropolitana de Belém, Marajó Oriental e Baixo Tocantins permanece no nível
laranja, assim como o Marajó Ocidental e a região do Carajás. O bandeiramento
vermelho também será mantido na região do Xingu.
"Os números nos apresentam ainda a
necessidade de uma preocupação maior, mas a previsão é que na semana que vem,
dia 18 de julho, nós estejamos entregando o Hospital de Campanha de Altamira,
que resolverá esta questão", adiantou o governador.
O alto nível de transmissão na região do
Araguaia frente ao sistema de saúde também mantém o nível vermelho, por
enquanto. Entretanto, de acordo com Helder, a ampliação do Hospital Regional de
Conceição do Araguaia, que será entregue no próximo dia 15, deve reforçar o
atendimento com mais 32 leitos clínicos e de UTI.
O governador garantiu que o Retoma Pará
é baseado em dados científicos e epidemiológicos e que o detalhamento de
restrição é de alçada dos municípios. "Estas atribuições - quero deixar
isto absolutamente transparente - cabem a cada município, que avalia as
análises do Estado e determina aquilo que deve funcionar ou não, dando
autoridade e autonomia para que cada município possa dar a sua devida
solução", pontuou Helder Barbalho.