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Crédito: Marcelo Seabra / Ag.Pará |
Usuários do PIX, a ferramenta de
transferência instantânea de recursos financeiros, devem ficar atentos a
fraudes. A Polícia Civil do Pará explica como ocorre a rastreabilidade e
orienta o que deve ser feito em caso de golpes.
O delegado Guilherme Gonçalves, diretor
da Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais praticados por Meios
Cibernéticos, destaca o caráter inovador do mecanismo. "Dentre os motivos
para a criação do PIX, está a inclusão financeira da população, já que a
maioria dispõe de um aparelho celular mas não tinha meios de transferência de
recursos. Com isso, ocorria a dependência de intermediários e o PIX vem dar
mais autonomia às pessoas sobre o que e como fazer com o seu dinheiro",
pontua.
Uma das opções para proteger-se é
utilizar os apps de banco somente em casa, mesmo tendo que abrir mão da
facilidade de 'levar' seu banco para onde estiver. Diminuir o limite financeiro
de transferência via PIX também é uma estratégia. Essa função já está
disponível nos aplicativos de bancos. Outra dica é utilizar no dia a dia um app
de banco secundário com um menor valor em sua conta corrente e um crédito
baixo.
"Com relação à segurança, apesar
dos diversos questionamentos de algumas falhas iniciais identificadas,
inclusive em ocorrências na nossa divisão, sabemos que existe um mecanismo de
segurança. A identidade de quem paga é digitalmente autenticada por meio de
senha (token), por reconhecimento biométrico (quando é no celular) ou qualquer
outra forma que o banco adote na instituição financeira para validar aquela
transferência. E os dados do PIX são todos criptografados na rede do sistema
financeiro nacional, supervisionada pelo Banco Central. Ele dispõe de alguns
motores anti-fraude, então eles tentam limitar um pouco", acrescenta o
delegado.
Uma das opções para proteger-se é
utilizar os apps de banco somente em casa, mesmo tendo que abrir mão da
facilidade de 'levar' seu banco para onde estiver. Diminuir o limite financeiro
de transferência via PIX também é uma estratégia. Essa função já está
disponível nos aplicativos de bancos. Outra dica é utilizar no dia a dia um app
de banco secundário com um menor valor em sua conta corrente e um crédito
baixo.
O delegado alerta que, por ser
monitorada diretamente pela rede do sistema financeiro nacional, o Pix conta os
motores anti-fraudes operados diretamente pelas instituições que ofertam esse
serviço. "Eles permitem identificar algumas transações consideradas
atípicas que não está dentro do perfil daquele determinado usuário. E ele
bloqueia as transações suspeitas para análise e eles rejeitam as transações que
não são consideradas seguras. Por exigir validação, a chave Pix é uma transação
rastreável. Quem recebe uma transação oriunda de qualquer crime, como um
sequestro, é possível ser identificado a partir daquela chave e da
criptografia", afirma.
Além de permanecer atento, é também
necessário registrar o boletim de ocorrência, principalmente em caso de furto
ou roubo de aparelhos celulares. Além de procurar a polícia, a Febraban
(Federação Brasileira dos Bancos) recomenda que a pessoa procure seu banco
assim que perceber qualquer movimentação estranha na conta. E se a pessoa tiver
dificuldades com o banco em que tem conta, deve procurar o Procon. O Banco
Central tem a responsabilidade de fiscalizar as instituições financeiras, mas
afirma que não resolve problemas individuais.