Sesma investiga um caso suspeito da Síndrome de Haff em Belém

  

Foto: Internet

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) comunica que está acompanhando um caso suspeito de síndrome de Haff, conhecida popularmente como a doença da “Urina Preta”, há 5 dias em Belém. A Sesma monitora a pessoa que se alimentou com peixe e, no dia seguinte, sentiu dores no corpo, mal estar e urina escura. Ela foi internada imediatamente e está com o quadro estável, mas ainda hospitalizada. 

Os agentes do Departamento de Vigilância à Saúde (Devs) e da Vigilância Sanitária (Devisa) da Sesma coletaram material do paciente e do pescado, no local adquirido pelo paciente, e encaminharam amostras ao Laboratório Central do Estado do Pará para análise. A informação é de que este material seguiu para análise em Santa Catarina. A Sesma segue aguardando o resultado. 

A Síndrome de Haff é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes como o tambaqui, o badejo e a arabaiana ou crustáceos (lagosta, lagostim, camarão). Quando o peixe ou crustáceo não é armazenado e acondicionado de maneira adequada, ele cria uma toxina sem cheiro e sem sabor. Ao ingerir o alimento, mesmo cozido, a substância provoca a destruição das fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro dessas fibras no sangue, ocasionando danos no sistema muscular e em órgãos como os rins. 

Rigidez e dores musculares, dor torácica, dificuldade para respirar, dormência, perda de força em todo o corpo e urina cor de café são alguns dos sintomas da doença que costumam aparecer entre 2h e 24 horas após o consumo dos peixes ou crustáceos. A hidratação é fundamental nas horas seguintes ao aparecimento desses sintomas. 

A principal forma de prevenção é não consumir pescados ou crustáceos cuja origem, transporte ou armazenamento sejam desconhecidos. O ideal é comprar esses produtos em locais com garantia de segurança. Em caso de aparecimento dos sintomas, após o consumo de peixes ou crustáceos, procurar imediatamente uma unidade de saúde.

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