Segunda vítima do naufrágio da embarcação Luar C é encontrada no rio Pará

Prosseguem na manhã desta quarta-feira (21), as buscas pelos corpos dos desaparecidos no naufrágio da lancha Luar C, ocorrido no dia 7 deste mês. O primeiro corpo encontrado hoje foi de uma mulher ainda não identificada. Ainda restam outros três a serem resgatados. A maior possibilidade é que estejam presos à embarcação, localizada a 30 metros de profundidade, no meio da Baía do Marajó, entre os municípios de Barcarena e Ponta de Pedras

O rastreamento da embarcação Luar C e dos desaparecidos foi retomada nesta terça (20). O primeiro corpo encontrado, também de uma mulher, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Belém pela equipe de remoção do Núcleo do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves de Abaetetuba, e chegou à capital no início da noite e hoje pela manhã será submetido à necropsia.

Desde as 6h da terça-feira, uma equipe de quinze mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Pará e da empresa Tecmar - contratada pelo dono da embarcação Luar C, Antônio Fernando Colares Tavares, para dar suporte à operação - e com o acompanhamento da Marinha do Brasil, iniciou o rastreamento da área conhecida como furo do Arrozal. A lancha foi localizada a cinco quilômetros de Barcarena, às proximidades de onde as equipem concentram as buscas.

O naufrágio fez cinco vítimas fatais. Outros 43 passageiros foram resgatados com vida.  "Consideramos um grande êxito termos achado esse corpo hoje, principalmente pela dificuldade do mergulho, pois é uma área onde a profundidade chega a 30 metros e o nosso tempo de mergulho é limitado. Contamos também com todo apoio do corpo de bombeiros nesta operação para a retirada dos corpos", explica Alan Vicente, superintendente de operações de mergulho da Tecmar.

Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros, Marco Senza, os profissionais estão trabalhando com equipamento de ponta, mas a área apresenta forte correnteza. “Vamos continuar  com os trabalhos e reforçar com a equipe de mergulho para ver se conseguimos mais informações, mais confirmações, até esgotar todos os meios”, assegurou o militar.

A equipe de remoção do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves também permanece a postos no porto de Barcarena. Na sede do CPC, médicos peritos também estão de prontidão para o atendimento.