O Instituto Estadual Carlos Gomes
promove de 30 de outubro a 6 de novembro o 33° Festival de Música Brasileira,
evento anual que tem como prioridade destacar a obra de compositores
brasileiros. Em 2017, a instituição escolheu homenagear o compositor, regente e
pianista brasileiro Francisco Mignone, que completaria 120 anos se estivesse
vivo. Sua esposa, a também pianista Josephina Minogne, é convidada do festival
e estará em Belém no dia 1º de novembro para um recital e o lançamento do livro
“Cartas de Amor”, que reúne, em 405 páginas, além da correspondência que trocou
durante décadas com o marido, reproduções de originais, fotos e textos sobre a
história dos dois.
Na abertura do Festival - nesta
segunda-feira (30), às 18h, na sala Ettore Bosio - o pianista Paulo José Campos
de Melo apresentará, as famosas valsas compostas por Francisco Mignone, músico
homenageado do festival. Cantores líricos, professores e alunos do Instituto
Carlos Gomes apresentarão composições de artistas brasileiros como Pixinginha,
Milton Nascimento, Caetano Veloso e também músicas de autores paraenses como
Waldemar Henrique e Teddy Max.
O Festival segue até o dia 6 de
novembro com recitais gratuitos na sala Ettore Bosio. A Programação completa
está disponível em www.fcg.pa.gov.br
Francisco Mignone - Nascido em
São Paulo, filho do flautista italiano imigrante Alferio Mignone, Francisco se
fixou no Rio em 1934, depois de estudar, compor e reger na Europa. Foi
professor de regência do Instituto Nacional de Música e diretor do Teatro Municipal
do Rio. Representante do nacionalismo na música erudita, compôs sob a
influência de ritmos populares e da literatura brasileira. Apelidado “o rei da
valsa” pelo amigo Manuel Bandeira, frequentador de seus saraus junto com Carlos
Drummond de Andrade, Antônio Houaiss e Alfredo Volpi, tem 1.024 obras
catalogadas, a maior parte, para piano solo, mas também óperas, operetas e
balés. Com a mulher, se apresentava em duo de pianos. Ainda hoje, Mignone é
tocado no mundo todo – é comum chegarem direitos autorais referentes a
execuções em países como a Austrália e a Finlândia.