Apenas uma, em cada 20 mil pessoas no
mundo, apresenta alguma forma de albinismo, o que torna essa característica
algo raro. Atenta a essa situação, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
promove, desde 2015, uma campanha de esclarecimento e conscientização da
população brasileira sobre essa doença e alerta aos próprios albinos sobre os
riscos que eles correm se não tiverem os cuidados adequados com a pele.
O albinismo é a incapacidade/deficiência
de um indivíduo em produzir melanina, que é um filtro solar natural e que dá
cor à pele, pelos, cabelos e olhos. Como uma das principais funções da cor da
pele é criar uma barreira contra as radiações solares, o albino não consegue se
defender da exposição ao sol e a consequência imediata é a queimadura solar,
principalmente na infância, quando o controle é mais difícil. Sem a prevenção,
os portadores envelhecem precocemente e podem desenvolver doenças graves, como cânceres
da pele agressivos e precoces.
No dia 13 de junho é comemorado o Dia
Mundial da Conscientização do Albinismo. A data foi decretada pela Organização
das Nações Unidas (ONU) devido a uma série de casos de agressão, bullying,
discriminação, e às necessidades especiais dessas pessoas. A proposta de ter um
dia para doença é esclarecer a população sobre a doença, e os próprios albinos
a tomarem os cuidados exigidos pela sua condição de saúde. A SBD, entre outras
entidades, aproveita a data para propagar informações, no Brasil, através de
campanha, sobre essa doença rara.
Conheça os sintomas, tratamentos,
diagnósticos e cuidados do albinismo:
Sintomas
NA PELE: Esse é o principal diagnóstico
para identificação do albinismo. Apesar disso, pode variar em diferentes tons,
do branco ao marrom. Para algumas pessoas com albinismo, a pigmentação da pele
não muda nunca. Para outras, no entanto, ela pode aumentar com o passar do
tempo, principalmente durante a infância e à adolescência.
NO CABELO: A cor varia de tons muito
brancos até o castanho – dependendo muito da quantidade de melanina produzida.
Pessoas com albinismo e que tenham ascendência africana ou asiática podem
apresentar cabelo louro, ruivo ou castanho. A cor do cabelo também pode
escurecer com o passar dos anos, conforme aumenta a produção de melanina.
NOS OLHOS: A cor dos olhos de uma pessoa
com albinismo pode variar do azul muito claro ao castanho e, assim como a cor
da pele e do cabelo, também pode mudar conforme a idade. O albinismo também
costuma levar ao surgimento de sinais e sintomas diretamente relacionados à
visão, como o movimento rápido e involuntário dos olhos, estrabismo, miopia,
hipermetropia, fotofobia e outros.
Diagnóstico
Para análise completa é necessário exame
físico, oftalmológico minucioso e comparação da pigmentação da pele e do cabelo
com a de membros da mesma família. Em geral, é possível determinar um caso de
albinismo apenas por meio da observação clínica, uma vez que a maioria dos
casos da doença leva ao desenvolvimento de sintomas bastante característicos.
Tratamento
Para tratar do albinismo é necessário
atendimento oftalmológico e dermatológico adequados. É imprescindível
acompanhar os sinais na pele buscando detectar possíveis anormalidades e
indícios do surgimento de lesões que possam levar ao câncer da pele – uma das
principais complicações do albinismo.
Cuidados
Pacientes devem tomar uma série de
medidas de autocuidado para evitar complicações decorrentes de albinismo. O uso
de filtros solar é essencial para pessoas com albinismo. Além disso, é
importante que os pacientes evitem ao máximo a exposição solar de alto risco,
sem tomar os cuidados necessários. Se possível, o uso de roupas compridas, que
cubram regiões normalmente expostas ao sol, também deve ser priorizado, além de
óculos-escuros que contenham proteção contra os raios UVA e UVB.
É válido lembrar que o médico
responsável por cuidar da pele de um paciente com albinismo é o dermatologista,
profissional qualificado e capacitado para realizar o diagnóstico e tratamento
dessa doença. Procure um médico associado à Sociedade Brasileira de
Dermatologia: www.sbd.org.br.