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Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, todas as unidades hospitalares gerenciadas pela Pró-Saúde, no Pará, promoverão diversas ações nesta quarta-feira |
A prevalência da mão-de-obra
feminina se repete nas outras cinco unidades públicas do Pará gerenciadas pela
Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob
contrato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). No Hospital
Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, 79% dos colaboradores são mulheres.
No Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira, esse índice
é de 77,5%. No Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, elas
representam 70,9% do total de colaboradores. No Hospital Público Estadual
Galileu (HPEG), em Belém, 69,2%, e no Hospital Metropolitano de Urgência e
Emergência (HMUE), em Ananindeua, 63%.
As mulheres também são maioria
nos hospitais privados administrados pela organização social no Pará. Em Canaã
dos Carajás, 212 dos 274 colaboradores diretos do Hospital 5 de Outubro são do
sexo feminino e, no Hospital Yutaka Takeda, na Serra dos Carajás, em Parauapebas,
esse índice é de 68%.
O cenário dessas unidades
constata o que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou
nos últimos dois censos demográficos: o aumento da participação das mulheres no
mercado de trabalho. Segundo o IBGE, em 2000, elas representavam pouco mais da
metade da população economicamente ativa no Estado. Dez anos depois, em 2010,
as mulheres correspondiam a 65% desse grupo.
Inclusão
A colaboradora Adriana da Silva
Pinto, de 33 anos, telefonista no Hospital Regional Público da Transamazônica,
assim como Gilmara Gomes, viu no trabalho a oportunidade de melhorar de vida e
superar desafios. A telefonista não tem a visão do olho esquerdo, em
decorrência de uma catarata congênita, e é portadora de escoliose acentuada.
'Não me imagino sem meu trabalho,
tamanha é a minha satisfação. Sei que contribuo para a melhoria contínua do
hospital, porque ajudo todos os setores a desempenharem suas funções e,
consequentemente, a salvar vidas. Eu me sinto realizada como profissional',
comenta Adriana.
Cristiane Santana, colaboradora
do setor de Faturamento do Hospital Yutaka Takeda, também mostra a busca pela
superação. Ela atua na unidade de Parauapebas há quase dez anos e diz que
alcançou muitas conquistas a partir do trabalho na instituição. 'Dou graças a
Deus por esse serviço, porque sou mãe solteira e ajudo a minha mãe. Esse
emprego já melhorou muito a minha vida e, a cada dia, eu aprendo mais. Mesmo
com a minha deficiência, nos membros inferiores, fui bem recebida pela equipe,
é como se eu não fosse deficiente. As minhas amizades aqui são ótimas', diz.
Aprendizado
Além de garantir oportunidades
para pessoas com deficiência, possibilitando a inclusão de um segmento que vem
conquistando espaço no mercado de trabalho, as unidades hospitalares
gerenciadas pela Pró-Saúde no Pará também têm propiciado espaço para a troca de
experiência e aprendizado para quem está começando a vislumbrar uma carreira,
por meio do Programa Jovem Aprendiz, do governo federal. Nesses hospitais, mais
de 60 dos jovens que participam da iniciativa são mulheres.
Uma delas é Emilly Sousa, de 20
anos, aprendiz da área administrativa no Hospital Metropolitano de Urgência e
Emergência, em Ananindeua. “Gosto muito de trabalhar no Hospital Metropolitano.
Sou bem amparada pelos colaboradores e já aprendi bastante. Estudo Fisioterapia
e aqui amplio a minha visão, pois também aprendo a lidar com a questão mais
administrativa. Antes de começar a trabalhar neste hospital, eu era bem menos
comunicativa. Evoluí neste aspecto. Posso dizer que o hospital me traz
experiências, diariamente. De certa forma, também estou contribuindo para
salvar vidas. Me sinto muito satisfeita lembrando disso”, comenta ela.
Hortência Pereira Cavalcante, de
19 anos, também é jovem aprendiz na Pró-Saúde. Ela atua há quase um ano no
Hospital 5 de Outubro, onde já conhece a rotina de vários setores da unidade.
'A experiência como aprendiz administrativo no HCO é boa e positiva pelo
aprendizado e pela oportunidade de obter novos conhecimentos', afirma a
estudante do curso de Assistente Administrativo no Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial, em Canaã dos Carajás.
Para Dheanifer Feitosa de Araújo,
20 anos, jovem aprendiz na Farmácia do Hospital Regional de Marabá, o
aprendizado na unidade fortaleceu um antigo sonho. 'Desde pequena eu sonho em
criar uma organização não governamental para cuidar de idosos. E, aqui, tenho
tido a oportunidade de ver o carinho e a atenção com que os profissionais
acolhem essas pessoas', conta a estudante.
Comemoração
Para celebrar o Dia Internacional
da Mulher, todas as unidades hospitalares gerenciadas pela Pró-Saúde, no Pará,
promoverão diversas ações nesta quarta-feira, 8/3, homenageando colaboradoras,
pacientes e acompanhantes.